Lucro da Vale cresce 46% e vai a R$ 26 bilhões em 2018

Resultado ainda não traz impactos da tragédia de Brumadinho (MG); ganho no quarto trimestre do ano passado teve aumento de 472%

Por da Redação
Atualizado em 27 mar 2019, 21h43 - Publicado em 27 mar 2019, 21h40

A mineradora Vale registrou lucro líquido de 25,657 bilhões de reais em 2018, com alta de 45,6% em relação ao ano anterior, índice acima do projetado por analistas. Segundo o balanço divulgado pela companhia nesta quarta-feira, 27, o aumento do lucro no ano passado ocorreu especialmente pela maior geração de caixa e também pelo menor impacto negativo das operações descontinuadas.

Foi o primeiro resultado apresentado pela empresa após o rompimento de uma de suas barragens em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, que resultou em diversos impactos para as suas operações, como paralisação em diversas minas. O balanço financeiro, porém não trouxe ainda impactos da tragédia.

O documento tem na sua capa, no alto e à direita, uma fita preta, símbolo de luto pela tragédia de Brumadinho. Segundo autoridades, até o momento, 216 pessoas morreram e 89 ainda estão desaparecidas.

Vale
Capa do balanço financeiro divulgado pela Vale com uma fita preta símbolo de luto impressa do lado direito (Vale/.)

 

A empresa fechou 2018 com receita operacional de 134 bilhões de reais, 23,9% acima do registrado no ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 24,6%, para 61,065 bilhões.

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No quarto trimestre de 2018, a companhia, a maior produtora global de minério de ferro, lucrou 14,485 bilhões de reais, 472% a mais que o registrado um ano antes, em meio a preços mais altos do minério de ferro e com forte alta dos prêmios pagos pelo seu produto de melhor qualidade, segundo a companhia.

“A Vale ainda está avaliando os passivos potenciais que podem surgir da ruptura da Barragem I. Devido ao estágio preliminar das diversas alegações e contingências, não é possível determinar um conjunto de resultados ou estimativas confiáveis da exposição potencial. Portanto, o valor de outros custos relacionados ao rompimento da Barragem I, que serão reconhecidos em 2019 não puderam ser estimados ainda”, de acordo com o relatório da empresa.

Embora considere ainda difícil avaliar os passivos potenciais com o desastre, a empresa anunciou provisões bilionárias, incluindo uma de até 2 bilhões de reais por pagamentos emergenciais aos atingidos. A mineradora afirmou também que realizou baixa contábil de 480 milhões de reais pela mina de Córrego do Feijão, relacionada à estrutura que colapsou em Brumadinho, e também por ativos relacionados a barragens a montante, com impacto nos resultados a partir do primeiro trimestre deste ano.

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