O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta-feira, 22, a implementação de um novo regime de capitalização para a Previdência somente quando a economia brasileira voltar a crescer com solidez.
“Podemos aprovar capitalização agora, mas deixar regulamentação para outro momento, quando Brasil voltar a crescer. Capitalização como está proposta pelo governo está muito cara. Custo de 400 bilhões de reais é alto para um momento de recessão”, afirmou Maia, em evento em Brasília. “Também olhamos para frente, para reformas tributária e administrativa”, completou ele.
Maia disse ainda que “solitariamente” defende que a reforma da Previdência valha também para os estados. Para ele, os governos estaduais precisam de recursos para investir em segurança pública. “Acho que estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul precisam inclusive de alíquotas maiores para os servidores estaduais. O Rio de Janeiro precisaria de alíquota de 30%. Nem me candidato ao governo estadual porque não vou mentir sobre isso”, afirmou o deputado.
Além disso, de acordo com Maia, o custo da administração pública é responsável por boa parte dos problemas orçamentários do país. “Temos uma gratificação para cada dois funcionários no Legislativo e no Judiciário. Não sou contra os servidores públicos, mas esse sistema está falido. A modernização das leis é obstruída por aqueles que vivem da burocracia”, concluiu.
(Com Estadão Conteúdo)