O sonho da casa própria ficou mais distante para a maioria dos brasileiros. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a crise financeira fez aumentar o número de pessoas morando em imóveis cedidos por parentes ou amigos. Em 2017, cerca 6 milhões de pessoas viviam em residências emprestadas contra 5,6 milhões em 2016, alta de 7%.
O levantamento mostra ainda que foram construídas apenas 549 mil unidades em 2017, alta de 0,8% contra 2016. Hoje o país tem 69,7 milhões de residências. Do total de domicílios do país, 8,7% são imóveis cedidos.
Por outro lado, 67,9% das habitações eram próprias do morador e já quitadas. Em 2016, tinham 47,2 milhões moradias nessas condições e atualmente são 47,3 milhões.
Os dados revelam que houve queda no número de pessoas que ainda pagavam pela casa própria, que saiu de 4,1 milhões em 2016 para 3,9 milhões de unidades no ano passado. Significa dizer 5,6% do total de imóveis eram próprios, mas ainda sem quitar.
As unidades alugadas, que representam 17,6% do total, saíram de 12 milhões de casas para 12,2 milhões no ano passado.
Do total de 69,8 milhões de domicílios no Brasil em 2017, 30,2 milhões ficam na Região Sudeste; 18,5 milhões na Região
Nordeste; 10,6 milhões na Região Sul; 5,4 milhões na Região Centro-Oeste; e 5,1 milhões na Região Norte.
Além disso, do montante de moradias, 86,6% eram casas (60,4 milhões de domicílios) e 13,2%, apartamentos (9,2 milhões). Houve uma redução de 299 mil apartamentos e aumento de 869 mil casas, em comparação ao ano de 2016.