Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

‘Mais late do que morde’: Trump mira o Brasil, mas efeito de tarifas deve ser limitado, aponta The Economist

Revista vê medida como retaliação política pela situação de Jair Bolsonaro; apenas 13% das exportações brasileiras estão expostas às taxas

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 ago 2025, 10h56 - Publicado em 9 ago 2025, 09h42

As tarifas anunciadas por Donald Trump contra o Brasil representam mais uma ameaça política do que um golpe econômico, avaliou a “The Economist” nesta sexta-feira, 8. Segundo a publicação, o país conseguiu, ao menos por enquanto, escapar de um impacto realmente severo.

A medida — um imposto de 50% decretado em 6 de agosto — foi classificada pela revista como uma ação de retaliação com motivação política, e não econômica. O gesto estaria ligado à situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por suposta tentativa de golpe e com prisão decretada nesta semana.

O Brasil não foi o único alvo: a Índia, por exemplo, recebeu tarifas semelhantes por importar petróleo russo, e o Canadá foi advertido de que reconhecer um Estado palestino dificultaria negociações comerciais. Mas, para a revista, o caso brasileiro é o exemplo mais claro do uso do comércio como instrumento de pressão sobre outro país.

Apesar do tom agressivo, cerca de 700 produtos, como aviões, petróleo, celulose e suco de laranja, ficaram isentos da cobrança. Já setores como café, carne e frutas permanecem sob a alíquota integral. Mesmo assim, a The Economist ressalta que o efeito econômico tende a ser moderado, já que o Brasil exporta pouco em relação ao seu PIB e depende cada vez menos do mercado americano — que hoje absorve 13% das vendas externas, contra 25% há duas décadas. No mesmo período, a fatia destinada à China subiu quase seis vezes, para 28%.

Lula respondeu de forma contundente, dizendo que o Brasil não será “tutelado ou humilhado por um imperador”. Porém, optou por um caminho diplomático, mobilizando empresas brasileiras e parceiras nos EUA para pressionar Washington — estratégia que ajudou a garantir as isenções.

Na avaliação da revista, os danos diretos devem ser contidos, e Lula pode até se beneficiar politicamente do embate, desde que evite ampliar o conflito. A atenção agora se volta aos próximos passos: o presidente afirmou que consultará os países do BRICS – que Trump já chamou de “antiamericano” e ameaçou aplicar mais 10% de imposto sobre os produtos de seus membros – sobre medidas conjuntas contra as tarifas, movimento que pode acirrar uma possível guerra comercial.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas R$ 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.