Esta sexta-feira 6 foi o último dia de Henrique Meirelles como ministro da Fazenda. A exoneração sairá em edição extra do Diário Oficial da União. Assim, ele poderá se candidatar à Presidência da República.
Na terça (3), ele se filiou ao MDB, mesmo partido do presidente Michel Temer. Porém, Meirelles afirmou que não será candidato a vice-presidente.
“Sim, decidi sair agora. Vou analisar uma possível candidatura”, afirmou Meirelles ao ser questionado se já havia decidido deixar a pasta para se candidatar.
Amanhã é o último dia para todos que quiserem disputar a eleição de outubro deixarem seus cargos no governo. Conforme já havia sido adiantado, o sucessor de Meirelles na Fazenda será Eduardo Guardia, atualmente secretário executivo da pasta.
A indicação de Guardia foi feita pelo próprio Meirelles ao presidente Temer, que afirmou que ele “irá contar com o mesmo apoio” que recebeu quando assumiu a pasta em 2016.
Trajetória
Antes de ser ministro da Fazenda, Meirelles foi presidente do Banco Central, de 2003 a 2010, durante o governo Lula. Ele havia sido eleito como deputado estadual em Goiás pelo PSDB.
No governo Dilma Rousseff ele foi oficializado como o representante do governo no Conselho Político da Autoridade Pública Olímpica (APO), que foi responsável pelas ações relacionadas aos Jogos Olímpicos Rio-2016.
Durante seu período no BC, que ganhou o status de ministério, a inflação chegou a 25,5% ao ano, taxa de juros real de 18,5%, além de dólar ter atingido patamar próximo aos 4 reais. Com as medidas adotadas, a inflação começou a ser taxada dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Em 2009, Meirelles filiou-se ao PMDB e, em 2011, foi para o PSD, a convite de Gilberto Kassab.
Em sua carreira no ramo financeiro, foi presidente internacional do BankBoston. Ele também presidiu o Conselho de Administração da J&F Investimentos, holding que controla a JBS, e participava do Conselho da Azul Linhas Aéreas.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)