O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descartou nesta sexta-feira a possibilidade de haver subsídios para baixar os preços do gás de cozinha, que subiram com força recentemente por conta da nova política de preços da Petrobras.
“Não temos nenhuma decisão a esse respeito”, afirmou Meirelles a jornalistas ao ser questionado sobre a possibilidade de subsídios.
Só em 2017, os preços do gás de botijão subiram 16%, contra 2,10% no ano anterior pela inflação medida pelo IPCA. Ao mesmo tempo, o indicador teve elevação de 2,95% no ano passado e ficou abaixo da meta oficial do governo.
Segundo Meirelles, o governo analisa a oscilação do preço do gás de cozinha e seu impacto sobre o bolso do consumidor, tópico que tratará em reunião hoje com o presidente Michel Temer. “O preço do gás é uma questão relevante e nós vamos conversar sobre isso”, afirmou ele na saída para o encontro.
O ministro destacou que as conversas sobre o assunto estão no início e depois serão tratadas internamente no Ministério da Fazenda.
Meirelles também afirmou que falaria sobre outros assuntos com Temer, como a reforma da Previdência e as novas normas publicadas na véspera pelo Banco Central que aumentam os requerimentos de capital para empréstimos garantidos pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE) e pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) feitos pela Caixa Econômica Federal a Estados e municípios.
Sobre o tema, Meirelles afirmou que a diretoria da Caixa fará agora a avaliação de eventual necessidade de maior provisionamento para os financiamentos já concedidos, e que isso será posteriormente revisado pelo conselho do banco público.