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Sem reformas, carga tributária subiria 10 pontos, diz Meirelles

Ministro disse que se nada for feito será preciso elevar carga tributária em dez pontos percentuais para cobrir rombo da Previdência

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 8 mar 2017, 17h06 - Publicado em 8 mar 2017, 15h21
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  • O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (8) que se as reformas estruturais não forem feitas será preciso elevar a carga tributária em dez pontos percentuais. O aumento seria apenas para cobrir o rombo da Previdência.

    “Se não fizermos nada, nós teríamos de, em tese, aumentar a carga tributária em 10 pontos porcentuais do PIB só para pagar o aumento do déficit (da Previdência)”, disse o ministro em palestra em Brasília. “Se não fizermos hoje, vai ter de fazer uma (reforma) pior amanhã.”

    Para Meirelles, a falta de consistência das contas púbicas é a principal razão do elevado custo de risco pago pelos ativos brasileiros.

    Ele disse que o melhor cenário para a economia é o de não aumento da carga tributária. Mas reafirmou que, para cumprir a meta fiscal, a equipe econômica não descarta elevar impostos.

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    O ministro ressaltou que o governo não está propondo o aumento de impostos. “Em agosto de 2016 eu disse a mesma coisa. Estamos propondo nenhum aumento de imposto”, disse. “A carga é elevada, é a maior da América Latina em relação ao PIB e temos um sistema disfuncional. A melhor solução é não aumentar os tributos.”

    Apesar de o país ter uma das cargas mais altas do mundo, Meirelles diz que o tema aumento de impostos não é proibido no governo. “Se for necessário, será aumentado. A questão de não aumentar impostos não é ideológica ou de atendimento de interesses setoriais”, disse. “Nosso compromisso é cumprir a meta fiscal e temos de escolher. Como na vida, é uma questão de priorizar as questões. Mas, se for necessário para cumprir a meta, teremos uma solução que prejudique menos a atividade”, comentou.

    Meirelles, entretanto, disse que se a reforma da Previdência não for aprovada não haveria um “caos imediato” na economia brasileira. No entanto, isso causaria a insustentabilidade futura das contas públicas.

    “Se a reforma da Previdência não for aprovada, não será o caos imediato, mas será insustentável”, disse o ministro, ao ser questionado sobre a hipótese de o texto não ser aprovado pelo Congress Meirelles disse estar está confiante na aprovação do texto.”Portanto, não cabe falar em plano B.”

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    Questionado sobre qual deverá ser a reação das agências de rating caso o texto da reforma seja aprovado, Meirelles disse que é “inevitável” que haja melhora da nota brasileira no futuro porque o tema melhora a perspectiva das contas públicas, mas o ministro não se comprometeu com um calendário para essa melhora da perspectiva ou da própria nota brasileira.

    (Com Estadão Online)

     

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