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Mercado financeiro revisa PIB pela 16ª vez seguida e prevê tombo de 6,25%

Escalada de casos de coronavírus e tensão política puxam a previsão de 2020 para baixo e país caminha para sua pior década perdida

Por Larissa Quintino Atualizado em 1 jun 2020, 08h58 - Publicado em 1 jun 2020, 08h42
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  • Governadores e prefeitos estudam reabertura de atividades não essenciais mesmo com a escalada de casos (Alexandre Schneider/VEJA)

    Com o passar das semanas, o agravamento da crise provocada pelo coronavírus e a instabilidade política fazem com que analistas do mercado financeiro revejam para baixo a previsão para a economia neste ano. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 1º, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve apresentar uma contração de 6,25% – na última semana, a estimativa era de queda de 5,89%. Essa é a 16ª revisão seguida que os economistas fazem para o PIB.

    O brutal recuo no desenvolvimento da economia brasileira neste ano já deu as primeiras mostras no resultado do primeiro trimestre do PIB, divulgado na última sexta-feira pelo IBGE. A queda de 1,5% de janeiro a março mostra o impacto da pandemia em uma economia em recuperação. Isso porque o primeiro caso de coronavírus no país foi registrado no fim de fevereiro e as medidas de distanciamento social, com o fechamento de comércios e serviços aconteceram na segunda quinzena de março. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, já são mais de 524 mil casos e 29 mil mortes confirmadas.

    A crise do coronavírus atingiu o país no ano em que se esperava uma reação da economia, que dava sinais de recuperação da crise vivida entre 2015 e 2016. No início do ano, quando a pandemia do coronavírus estava concentrada na China e não se sabia ao certo quando e como chegaria ao Brasil, os especialistas estimavam crescimento econômico para este ano na casa de 2,3%. Com o pior resultado dos últimos dez anos estimado para 2020, no contexto da crise anterior, esta década caminha para ser a pior década perdida da economia brasileira.

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    Inflação, juros e dólar

    De toda forma, a crise do coronavírus na economia se desenha cada dia mais deflacionária, devido à queda da demanda e do poder aquisitivo do consumidor. Os economistas consultados pelo Banco Central para o Focus reduziram, novamente, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, que mede a inflação oficial no país. Com menos demanda de produtos, os preços tendem a não acelerar tanto. A previsão para o indicador saiu de 1,57% para 1,55% no ano, abaixo da meta traçada, que é de 4% e também abaixo da margem de tolerância, que varia entre 2,5% e 5,5% para este ano. Em abril, o resultado do IPCA de abril trouxe deflação de 0,31%, primeira vez na história que o indicador de abril é negativo. Para 2021, a projeção para inflação caiu de 3,14% para 3,10%.

    A projeção para o dólar subiu para 5,40 reais ao fim do ano. A moeda americana arrefeceu a cotação na última semana e fechou a sexta-feira a 5,34 reais, abaixo da previsão do mercado para o fim do ano. Os analistas também mantiveram a previsão da taxa Selic, em 2,25%, como na semana passada. Atualmente, a taxa de juros básica da economia brasileira está em 3%, menor percentual da história.

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