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Mercado já projeta inflação e juros mais altos também em 2022

Na semana passada, Copom elevou a Selic, que chegou a 2,75%. Economistas preveem novos aumentos, já que os preços não mostram arrefecimento

Por Larissa Quintino Atualizado em 22 mar 2021, 22h19 - Publicado em 22 mar 2021, 09h02

A inflação alta foi o motivador principal para que o Comitê de Política Monetária, o Copom, subisse a taxa de juros em 0,75 ponto porcentual na última semana. Após a alta e o comunicado do Banco Central, o mercado financeiro vê que os juros brasileiros podem subir ainda mais. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 22, os juros devem chegar a 5% ao ano ao fim de 2021, acima dos 4,5% projetados na semana passada. A estimativa de alta também é vista para 2022. Lá, os economistas enxergam que os juros podem chegar a 6%, um ponto porcentual acima da estimativa de um mês atrás.

A previsão de alta nos juros ocorre porque a estimativa da inflação continua a subir. Nas últimas onze semanas, o mercado financeiro puxa para cima a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. De acordo com os economistas consultados pelo BC, o IPCA deve chegar a 4,71% ao fim do ano, acima da inflação acumulada em 2019 e também acima da meta para o indicador no ano, de 3,75%, mas ainda dentro da margem de tolerância, que vai até 5,25%. A alta dos preços também é projetada para 2022, com inflação a 3,51%, ligeiramente acima da meta dos 3,50%.

O BC mexe na taxa de juros como diretriz da política monetária, já que uma das principais funções da entidade é ser guardiã da moeda. Quando a inflação está alta, a alta dos juros é um caminho natural, já que, com juros mais caros o consumo é desestimulado. Com menor demanda, os preços tendem a cair.  Porém, o peso nos preços do país hoje se devem muito mais à alta do câmbio e à cotação das commodities no mercado internacional do que ao aquecimento da demanda da população.

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A inflação serve como um termômetro da economia e diversas variantes a afetam. No ano passado, o índice chegou a ter deflação entre abril e maio, devido à queda do consumo e, posteriormente, voltou a subir com o reaquecimento da economia. Com maior demanda aqui e no mundo por alimentos, além de outras variáveis como o real desvalorizado e commodities caras, os preços começaram a subir e impactaram no indicador, que fechou o ano em 4,52%, acima do centro da meta de 4% definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Considerada passageira pelo governo e Banco Central, o índice de preços continua mostrando altas consecutivas. Os alimentos, até então, não sobem no mesmo ritmo do ano passado, mas outros produtos que pesam no orçamento, como combustíveis, estão pressionando o índice. O real desvalorizado e a alta de commodities, como o petróleo, afetam na inflação. Além desses componentes, a energia elétrica pode ser o novo vilão nos próximos meses. Conforme VEJA mostra em reportagem nesta semana, a conta de luz pode subir até 15,5% em meados deste ano. O próprio governo já assume um pico inflacionário de 7% em meados desse ano, com a inflação fechando em 4,4%.

Crescimento do país

Além da previsão de maior inflação, os economistas consultados pelo Banco Central também revisaram as previsões para o crescimento do PIB neste ano. Pela quarta semana consecutiva, analistas enxergam que o crescimento será menor. Nesta semana, a revisão foi de 3,23% para 3,22%. Apesar da piora das expectativas para este ano, o mercado estima uma reação após o tombo da economia em 2020. Para 2022, o mercado manteve a projeção de crescimento de 2,39%.

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A escalada de casos do novo coronavírus e os percalços da vacinação são pontos de atenção para a retomada, já que o impacto da doença continua presente. Estados e municípios voltaram a adotar medidas mais restritivas a fim de evitar o colapso no sistema de saúde.

A volta de atividade econômica depende do andamento das reformas, essencial para melhorar o ambiente de negócios e para destravar investimentos, estimulando assim a recuperação. A PEC Emergencial, medida que cria gatilhos para o ajuste fiscal em caso de crise financeira, foi promulgada semana passada no Congresso. A medida abre espaço para a reedição do auxílio emergencial — em menor valor e proporção do que no ano passado, mas suficiente para aumentar a atenção sobre o risco fiscal do país caso o restante da agenda reformista não ande. O auxílio deverá pagar parcelas entre 175 reais e 375 reais nos próximos quatro meses.

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