A Mercedes-Benz anunciou a abertura de 600 novos postos de trabalho para a fábrica localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O objetivo da montadora é ampliar a produção de caminhões. A planta passará a operar com um segundo turno, interrompido em 2014.
Serão abertas 400 vagas para início em janeiro de 2019, no regime de horas, e outras 200 vagas para abril — a segunda leva foi fruto de uma negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A empresa afirma que, inicialmente, as vagas serão temporárias, com o prazo de um ano. Há, contudo, a possibilidade de estenderem os contratos por mais um ano.
Atualmente, a Mercedes emprega 8.000 pessoas nas fábricas de São Bernardo e de Juiz de Fora (MG). Desde 2012, foram cortados 4.000 postos de trabalho.
Além de opções na linha de montagem de caminhões, a companhia abrirá um terceiro turno no setor de motores, câmbios e eixos.
A abertura de vagas coincide com os bons números conquistados pela Mercedes em 2018. Segundo a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, as vendas de caminhões cresceram 43,6% entre janeiro e outubro deste ano.
“As empresas de transporte estão olhando com mais otimismo para o cenário econômico em função do controle de índices como a inflação, taxa de juros e câmbio, além da expectativa pelo crescimento do PIB”, diz Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina. “Isso traz a desejada previsibilidade nos negócios, gerando segurança para que nossos clientes invistam na renovação de frota. Estamos novamente ao lado deles nesse importante momento de retomada.”
A Mercedes acredita que o mercado como um todo deve fechar o ano de 2018 com cerca de 80.000 caminhões e cerca de 14.000 ônibus vendidos no Brasil e espera um crescimento em 2019. “O país segue tendo enorme potencial para o crescimento sustentável, podendo, dessa forma, conquistar a confiança das empresas e atrair mais investimentos e empregos”, complementa Schiemer.
As contratações integram parte de uma estratégia maior de investir 2,4 bilhões de reais entre 2018 e 2022. Segundo a empresa, metade desse valor já terá sido gasto até o final do próximo ano. Um dos objetivos é a modernização das plantas de São Bernardo e de Juiz de Fora com o conceito de indústria 4.0.