Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma
Continua após publicidade

Meta em risco: governo estuda propostas de redução de despesas

Governo deve entregar a LDO até o próximo dia 15; na mesa, estão propostas de olho na meta fiscal, inclusive para reduzi-la

Por Luana Zanobia Atualizado em 8 Maio 2024, 13h25 - Publicado em 9 abr 2024, 15h19
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A expectativa pelo Orçamento de 2025 está repleta de desafios e incertezas. O governo, sob a gestão petista, está diante da difícil tarefa de traçar um caminho que equilibre as demandas econômicas com a realidade política e fiscal do país. O governo está elaborando o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisa ser entregue até o dia 15 de abril. Na mesa está o risco do governo precisar ajustar a meta fiscal do próximo ano.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou a possibilidade de redução da meta de superávit primário, estipulada pelo arcabouço fiscal em 0,5% do PIB, para algo em torno de 0,25% na segunda-feira, 8, reconhecendo as dificuldades em avançar na agenda econômica diante do cenário político fragmentado em meio ao ano eleitoral. Segundo o ministro, a meta inicial do marco fiscal já não parece mais “factível”, e é imperativo repensar estratégias.

    Nesse contexto, surge a proposta de incluir na LDO uma medida que visa reduzir o nível de indexação dos gastos públicos e dos pisos constitucionais, tais como saúde e educação. Na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de Transição, esses pisos foram ajustados para 15% e 18%, respectivamente, em relação à participação no total arrecadado. No entanto, o desafio reside não apenas em identificar as áreas passíveis de corte, mas também em enfrentar os debates necessários para implementar tais mudanças, considerando o contexto eleitoral e os trâmites legislativos.

    A ministra do Planejamento, Simone Tebet, destaca a importância do corte de despesas como única alternativa viável para perseguir o superávit. Segundo ela, a revisão da meta fiscal de 2025 não é descartada, desde que haja um ajuste realista diante das circunstâncias econômicas.

    Na avaliação da equipe do Itaú Unibanco, se o governo optar por alterar a meta de superávit primário de 0,5% do PIB em 2025 no projeto da LDO do ano que vem, será importante que a decisão seja acompanhada do anúncio de medidas compensatórias. Como parte da arrecadação deste ano decorre de receitas extraordinárias e é baixa a probabilidade de implementação de novas medidas que vigorem a partir do ano que vem, o desafio de alcançar a meta de superávit de 0,5% do PIB em 2025 é “significativo, levando a um risco de alteração já agora”, afirmam os economistas do banco. “Caso o governo decida pela alteração, seria importante o anúncio de medidas compensatórias, que mantenham uma trajetória de convergência do resultado primário a níveis consistentes com a estabilização da dívida pública a médio prazo”, diz o relatório.

    Continua após a publicidade

    Segundo o Itaú, a meta de zerar o déficit este ano deve ser mantida devido as surpresas da arrecadação, mas os analistas acreditam que o governo não vai conseguir entregar a promessa de déficit zero pela pouca limitação imposta aos gastos. Assim, o banco espera um déficit primário de 0,7% do PIB em 2024.

    O texto da LDO será mais do que um documento burocrático; será uma sinalização crucial das intenções e desafios enfrentados pelo governo. É o primeiro passo para provocar mudanças e estimular o debate necessário para garantir a estabilidade econômica e fiscal do país.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    SEMANA DO CONSUMIDOR

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.