Metroviários confirmam greve a partir da 0h desta sexta-feira
Em audiência de conciliação na Justiça do Trabalho, na quarta-feira, 12, não houve acordo entre Metrô e sindicato
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo confirmou em assembleia nesta quinta-feira, 13, adesão à greve geral contra o projeto de reforma da Previdência. A categoria já havia aprovado em assembleia na quinta-feira, 6, a paralisação por 24 horas, a partir da zero hora de sexta-feira, 14. Serão atingidas as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. O sindicato tentará também interromper atividades nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás, privatizadas.
O Metrô conseguiu liminar para manter no minimo 80% do quadro de servidores nos horários de pico e 60% no restante. Em audiência de conciliação na quarta-feira, 12, na Justiça do Trabalho não houve acordo entre Metrô e sindicato. “Nós não tivermos oportunidade nem de nos defender em relação à liminar, então vamos apresentar nossa defesa. Porque acreditamos que a liminar cassa o direito à greve. Com 80% e 60% é praticamente como funciona todos os dias”, afirmou o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo.
Na segunda (10), a Justiça determinou que, no mínimo, 80% dos serviços da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) sejam mantidos em horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% funcionem nos demais períodos, sob pena de multa diária de 200 mil reais ao sindicato da categoria. Em sua decisão, o magistrado considera o direito constitucional de greve e o fato de a mobilização envolver atividade essencial.
Em comunicado, o sindicato da categoria afirma que “a reforma [da Previdência] (PEC 6/2019), se aprovada, tornará a aposentadoria um sonho impossível para a grande maioria da população”. A Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) informou que nas principais capitais do país haverá paralisação nos serviços de metrô.
Trabalhadores de sindicatos, federações e confederações do ramo de transporte filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB, CSB e UGT confirmaram paralisação de 24 horas no dia 14. Bancários, metalúrgicos e professores em todo o país também vão cruzar os braços na sexta-feira, de acordo com a CUT.