O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje que existe ‘infiltração’ política dentro do movimento grevista dos caminhoneiros. Na avaliação do governo, os infiltrados estão dificultando o encerramento da greve, que entrou no oitavo dia de paralisação com prejuízos à população – desabastecimento de combustível, alimentos e insumos.
“Vamos fazer de tudo para que os infiltrados sejam retirados e, dessa forma, os caminhoneiros possam voltar ao trabalho, afirmou.
Segundo ele, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem capacidade para fazer o mapeamento e descobrir quem são aqueles estranhos ao movimento. “Com muita cautela, para não fazer nenhuma injustiça, a PRF vai separar os infiltrados.”
Os líderes grevistas culpam uma minoria que ‘perdeu o foco’ pela manutenção dos bloqueios nas rodovias. “Há um grupo pedindo questões políticas, mas não fizemos greve para isso. Estamos explicando que conseguimos o que pedimos, mas há um grupo revoltado com a situação política do país e insistindo em ficar parado”, diz Francisco Wilde Bittencourt Ferreira, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Sul Fluminense.
Ariovaldo Almeida Jr., diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ourinhos (SP), também cita essa questão política. “Muitos caminhoneiros perderam o foco e questões políticas estão tomando conta dos protestos e, com isso, não há previsão de liberação das rodovias”, disse.