O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que a proposta de reforma da Previdência deverá ser apresentada pelo governo só depois das eleições dos presidentes da Câmara e do Senado. Ele ainda negou que o caso que envolve o senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, atrapalhe a negociação da proposta no Congresso Nacional. “Isso não influi na negociação da reforma, não tem influência.”
Nesta segunda-feira, 21, Mourão defendeu um período de transição para aumentar de 30 para 35 anos o tempo mínimo de serviço para que militares se aposentem. Além disso, ele voltou a propor o fim do pagamento integral de pensão por morte de integrantes das Forças Armadas. Ele negou que haja resistência a esses temas. “São assuntos que estão sendo discutidos. Militar não resiste, militar é tranquilo, são os mais fáceis”, declarou.
Caso de Flavio
Ao deixar o Palácio do Jaburu no primeiro dia como presidente em exercício, Hamilton Mourão voltou a falar que o caso que envolve as movimentações financeiras de Flavio Bolsonaro não afeta o governo.
“O governo não. Pode preocupar o presidente como pai em relação ao filho – todos nós nos preocupamos com nossos filhos –, apesar de ele não ter me dito nada a respeito”, disse Mourão, ao ser questionado se o silêncio do presidente sobre o caso de Flavio Bolsonaro preocuparia. “Já expliquei esse assunto. Esse assunto eu não comento mais. Não vem pra cima do governo, é um problema do Flavio. O Flávio vai resolver isso aí”, afirmou Mourão a jornalistas.
Sobre o exercício da Presidência, Mourão disse que não haverá mudanças em relação ao direcionamento dado por Bolsonaro. “Sem marola, só tocando a bola para o lado”, afirmou.