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Mulheres dedicam o dobro do tempo dos homens em afazeres domésticos

Mulheres empregadas que realizam afazeres em casa ou cuidam de outras pessoas trabalham 4,8 horas a menos no mercado formal

Por Da redação
Atualizado em 18 abr 2018, 15h42 - Publicado em 18 abr 2018, 10h37
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  • A quantidade de pessoas que realizam afazeres domésticos e cuidado de pessoas chegou a 145 milhões de brasileiros – a alta representa um aumento de 3,3% de 2016 para 2017. O índice cresceu mais entre os homens, mas as mulheres ainda dedicam o dobro do tempo a essas atividades.

    Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, com base nas informações da Pesquisa Mensal por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre outras formas de trabalho, que pesquisou pessoas a partir de 14 anos.

    Enquanto as mulheres realizam afazeres domésticos por cerca de 20,9 horas semanais, os homens dedicam apenas 10,8 horas. Segundo o IBGE, cerca de 142,4 milhões de pessoas desenvolvem alguma tarefa dentro de casa – 91,7% das mulheres realizam afazeres, entre os homens o índice é de 76,4%.

    De acordo com a pesquisa, quanto maior o nível de instrução do homem, maior a taxa de realização de afazeres domésticos. No menor nível de ensino, 73% ajudam em casa, no nível superior o número cresce para 83,8%.

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    Mulheres empregadas que fazem afazeres ou que cuidam de outras pessoas trabalham 4,8 horas a menos no mercado e 7,8 horas a mais em casa do que homens.

    O maior crescimento das formas de trabalho foi identificado na realização de cuidados de pessoas, passando de 26,9% para 31,5% – aumento de 8,3 milhões, totalizando 53,2 milhões de brasileiros.

    De acordo com a pesquisa, mulheres entre 14 e 21 anos (33,6%) dedicam quase o dobro de tempo para cuidar de outras pessoas em relação aos homens da mesma idade (18,5%).

    A taxa de realização dos que produzem para consumo próprio também aumentou: foi de 6,3%, em 2016, para 7,4%, em 2017. Ao todo, 12,4 milhões desempenham a atividade. Quanto maior o nível de instrução, menor é a taxa de realização dessa atividade, segundo o IBGE. Quase 13% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto produzem para consumo próprio;, entre os que têm ensino superior completo, apenas 2,7% realizam a atividade.

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    As atividades agrícolas predominam na produção para o próprio consumo, sendo as atividades de cultivo, pesca, caça e criação de animais (76,4%) e produção de carvão, corte ou coleta de lenha, palha ou outro material (16,9%) as de maior proporção.

    A quantidade de pessoas que realizam trabalho voluntário também cresceu, chegando a 7,4 milhões de pessoas. O aumento foi de 3,9% para 4,4% entre 2016 e 2017.

    As mulheres fizeram mais trabalho voluntário que os homens (5,1% contra 3,5%). Quanto maior o nível de instrução, maior a taxa de realização: 2,9% dos brasileiros sem instrução ou com ensino fundamental incompleto realizaram trabalho voluntário, já entre as pessoas com superior completo o percentual foi de 8,1%.

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