N5X, nova bolsa de energia do Brasil, realiza primeiros negócios
Plataforma é uma parceria entre bolsa europeia de energia e fundo de investimentos da B3; objetivo é facilitar as operações entre empresas no mercado livre

A N5X, nova plataforma para compra e venda de energia no Brasil, já realizou seus primeiros negócios desde o lançamento oficial da companhia, em 20 de junho. O primeiro contrato entre duas empresas fechado no ambiente da N5X foi realizado ainda antes disso, no dia 17, durante uma etapa piloto, para a comercializadora Exponencial, do grupo Witzler.
Foi a primeira boleta emitida pela nova bolsa. As boletas, um dos principais negócios da plataforma, são contratos padronizados para a compra de energia de uma empresa no mercado de livre. O documento centraliza informações como o preço e os prazos do negócio, e visa simplificar o modelo atual, que, no Brasil, ainda é majoritariamente realizado por meio de negociações diretas feitas entre a compradoras e fornecedoras, contrato a contrato.
“O mercado livre envolve grandes consumidores, geradores e comercializadores que podem comprar e vender energia elétrica diretamente, e, majoritariamente, o perfil das negociação entre eles ainda é bilateral”, conta a presidente da N5X, Dri Barbosa. “O que a nossa boleta faz é formalizar essas operações num contrato padrão, o que vai dar muita eficiência a essas negociações, reduzir os fluxos de idas e vindas desses contratos e também trazer mais segurança jurídica.”
A N5X é uma joint venture entre o Grupo EEX, dono da European Energy Exchange (EEX) e de outras bolsas do setor de energia no mundo, e da L4 Venture Builder, fundo de investimentos em startups da B3.
A fase inicial de testes foi realizada com as primeiras 14 empresas habilitadas a usar o sistema da N5X, ou seja, já com a plataforma conectado aos seus negócios. No dia do lançamento, esse número tinha subido para 27 e, hoje, já são 67. No total, há mais de 160 empresas cadastradas para participar e poder negociar pela nova bolsa. Copel, Raízen, Assaí Atacadista, Casa dos Ventos e Danske são algumas das companhias já habilitadas.