Novo processo internacional contra a Vale reúne 30 mil vítimas de Mariana
A autora do processo é a Fundação Ações do Rio Doce; a ação também tem a Samarco como réu
Enquanto as discussões sobre a sucessão para a presidência da Vale continuam nos holofotes, cerca de 30 mil pessoas aderiram a um novo processo internacional contra a empresa, em busca de compensação pelo desastre de Mariana (MG). A ação também terá a Samarco como ré.
A autora do processo é a Fundação Ações do Rio Doce – representada pelo escritório Pogust Goodhead, que também defende 700 mil vítimas de Mariana em litígio biolionário contra a BHP e Vale na Inglaterra. Indivíduos e empresas afetados pela tragédia podem se cadastrar junto à entidade até 1º de março para se unir à nova ação, desde que não participem do pleito inglês. “Oito anos se passaram desde o desastre e as empresas ainda não foram responsabilizadas. A Vale nem chegou a mencionar o possível impacto dos dois processos no balanço financeiro divulgado na última semana”, diz o advogado dos atingidos e diretor do Pogust Goodhead, Tom Goodhead. “Com o novo processo, queremos levar justiça para o maior número de vítimas possível”, completa.
O governo voltou à carga pela sucessão do presidente Eduardo Bartolomeu, como revelado pelo Radar Econômico. Um emissário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o representante de um dos principais acionistas da Vale, que ainda não tinha voto definido na reunião do conselho, para convencê-lo a posicionar-se contra a manutenção de Bartolomeo no cargo.