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Novo sistema de metas pode ser ponto apaziguador entre BC e governo

Mudança proporciona maior flexibilidade para a autoridade monetária reagir às flutuações econômicas no curto prazo

Por Luana Zanobia Atualizado em 26 jun 2024, 16h07 - Publicado em 26 jun 2024, 15h47
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  • Lula e Roberto Campos Neto
    O presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (VEJA/VEJA)

    O governo federal oficializou nesta quarta-feira, 26, a mudança no sistema de metas de inflação, abandonando o modelo anual e adotando um formato contínuo. O novo formato pode ser um importante apaziguador das tensões entre o Banco Central e o governo.

    Essa mudança proporciona ao Banco Central maior flexibilidade para reagir às flutuações econômicas, sem estar limitado ao calendário anual. Isso ocorre em um momento crucial, dado o contexto de tensões entre o governo e o Banco Central sobre a taxa de juros, atualmente em 10,5%. Enquanto o governo pressiona por uma redução dos juros para estimular o crescimento, o Banco Central adota uma abordagem mais cautelosa, preocupado com riscos inflacionários de longo prazo. Com o novo sistema, o Banco Central poderá adotar uma perspectiva mais imediata sobre a inflação, ajustando a taxa de juros com maior flexibilidade.

    Desde 1999, o Brasil avaliava a meta de inflação de janeiro a dezembro, com uma verificação final usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com a nova metodologia, o Banco Central passará a monitorar a inflação de forma contínua ao longo dos 12 meses do ano, fazendo avaliações mensais. A meta será considerada não cumprida se a inflação acumulada em 12 meses se desviar do intervalo de tolerância estabelecido por seis meses consecutivos.

    A adoção desse sistema é vista como uma modernização da política monetária brasileira, alinhando-a com práticas internacionais bem-sucedidas. No entanto, a transição para um novo sistema de metas de inflação não está isenta de desafios. O Conselho Monetário Nacional (CMN) ainda precisa finalizar detalhes cruciais, como se manterá a IPCA como índice de avaliação para a inflação —  dado que o decreto estabelece que caberá ao CMN essa escolha — e a definição das metas para os próximos anos.

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    A garantia de que a meta só poderá ser alterada com uma antecedência mínima de 36 meses trouxe alívio ao mercado, assegurando que a política fiscal não será influenciada por interesses políticos de curto prazo.

     

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