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Número de ocupados cresce 1,2% em maio, puxado pela informalidade

Segundo IBGE, 92,9 milhões de pessoas estão ocupadas, 1 milhão a mais que no trimestre anterior; desemprego ficou estável, com 13 milhões sem trabalho

Por Larissa Quintino Atualizado em 4 jun 2024, 15h44 - Publicado em 28 jun 2019, 09h26

A taxa de desemprego ficou em 12,3% no trimestre encerrado em maio, atingindo 13 milhões de brasileiros. No trimestre encerrado em abril, o índice havia sido de 12,5%, com 13,2 milhões de desempregados.

O período, porém, registrou o maior contingente de pessoas ocupadas no mercado de trabalho desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 92,9 milhões de trabalhadores estavam trabalhando no período, uma alta de 1,2% em relação ao trimestre terminado em fevereiro e de 2,6% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

O aumento na ocupação, no entanto, fez crescer o contingente de subutilizados – grupo que inclui desempregados, pessoas que gostariam de trabalhar mais horas, as que gostariam de trabalhar, mas têm algum impedimento e os desalentados – para 28,5 milhões de pessoas, maior taxa desde  2012.

O crescimento na quantidade de pessoas subutilizadas foi puxado por outros dois recordes, de 7,2 milhões de subocupados e de 4,9 milhões de desalentados, pessoas que desistiram de buscar uma ocupação.

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A analista da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, ressalta que esse resultado se deu pelo crescimento da população que está disponível para trabalhar mais horas. “Do incremento de 1,1 milhão de ocupados de um trimestre para o outro, 582 mil vieram de subocupados por insuficiência de horas, que são mais da metade dessa alta”, explica a analista do IBGE.

Esse crescimento na ocupação também é explicado pela informalidade no mercado de trabalho. “Apesar do aumento na carteira na comparação com o mesmo período de 2018, o que realmente puxa a variação da população ocupada são os sem carteira e conta própria”, explica Adriana, complementado que os trabalhadores por conta própria sem CNPJ aumentaram em 330 mil e representam 80,2% da categoria.

De acordo com a pesquisa, foram 24 milhões de trabalhadores por conta própria, o maior contingente da série histórica, com crescimento de 1,4% na comparação com o trimestre anterior e de 5,1% frente ao mesmo trimestre do ano passado.

Já os empregados sem carteira assinada chegaram a 11,4 milhões, um aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,4% ante o mesmo trimestre do ano anterior. O número de trabalhadores com carteira assinada ficou em 33, 2 milhões de pessoas, 521 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

Outro resultado apontado pela pesquisa foi a redução do rendimento médio do trabalhador, que ficou em 2.289 de reais, o que representa uma queda de 1,5% na comparação com o trimestre anterior e estabilidade em relação ao mesmo período do ano passado.

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Na véspera, o Ministério da Economia informou que foram criados 32.140 empregos com carteira assinada no país em maio. O resultado foi o pior para o mês desde 2016, quando houve fechamento de vagas. No ano, foram gerados até maio 351.063 postos de trabalho formais, 

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