NY ignora queda da Nvidia e sobe à espera de dados do PIB

Abertura de mercado: Ações da empresa recuam apesar do crescimento de 168% do lucro

Por Tássia Kastner
29 ago 2024, 08h25

É o clássico “nunca está bom”. A Nvidia entregou um lucro 168% maior no segundo trimestre, quando comparado com igual período do ano anterior. A receita superou US$ 30 bilhões. E a expectativa agora é de que no terceiro trimestre a receita bata US$ 32,8 bi, acima das previsões anteriores do mercado financeiro.

Ainda assim, as ações da companhia operam em queda de mais de 2% nesta manhã. Analistas têm dito que a razão para isso é que o guidance não está alto o bastante – isso apesar de ser maior que o consenso do mercado. É como se investidores dissessem que fizeram uma projeção apenas para confirmar que eles estavam muito errados e que queriam ser surpreendidos com resultados ainda mais impressionantes.

A queda nos papéis é ínfima quando comparada à valorização de 150% no ano. E os futuros das bolsas americanas concordam com isso, tanto que escapam do efeito-Nvidia e avançam nesta manhã. A agenda de indicadores nos EUA continua relativamente fraca. Nesta quinta, será divulgada a segunda leitura do PIB do país, que atualiza o crescimento de 2,8% da economia no segundo trimestre. As revisões tendem a ter menor peso sobre o mercado, porque reservam poucas surpresas. Além disso, também às 9h30 saem os pedidos de auxílio-desemprego no país, indicador que ajuda a calibrar a robustez da economia americana frente aos juros persistentemente altos. Por lá, o que vale mesmo é a inflação medida pelo PCE, que será publicada na sexta.

No Brasil, a FGV divulga a inflação medida pelo IGP-M, que reajustava a maior parte dos contratos de aluguel. O consenso é que ela tenha cedido para 0,45%, após subir 0,61% em julho. O indicador é mais volátil que o IPCA porque também mede preços ao produtor, com impacto mais visível das oscilações do dólar. Ele também é considerado uma bola de cristal para a inflação oficial, porque acaba antecipando a tendência dos preços ao consumidor nos meses seguintes.

Trata-se de um indicador importante no momento em que o mercado financeiro tenta prever a necessidade de um aumento na taxa Selic para manter a inflação brasileira dentro da meta. Falando em inflação na meta, o dia também deve ser marcado por novas repercussões da indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, como amplamente esperado.

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Agenda do dia

9h: Alemanha divulga CPI de agosto 
09h30: Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
9h30: EUA divulgam segunda leitura do PIB do 2TRI
11h: Congresso convoca sessão conjunta; acordo sobre emendas está no radar
11h15: Guillen (BC) faz palestra no Cebra Annual Meeting, em Frankfurt
16h30: Raphael Bostic (Fed/Atlanta) palestra em evento 
19h15: Campos Neto palestra no CNN Talks Economia

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