O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, deve dar celeridade no processo de desestatização e concessão das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM, e do Metrô do estado. A ideia, segundo a Secretaria de Parcerias em Investimentos de São Paulo, é viabilizar a concessão de quatro linhas de trens: 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira, 13-Jade e 14-Ônix. “A estruturação dessas concessões está em andamento e as primeiras audiências públicas devem ser realizadas no primeiro semestre de 2024”, afirma o governo estadual.
O investimento previsto pela repartição é de 11 bilhões de reais, impactando positivamente 2,1 milhões de passageiros por dia. “Com esses projetos, serão estabelecidos novos pontos de transferência, aliviando o fluxo de passageiros nas estações de integração localizadas no centro de São Paulo”, diz em nota a secretaria.
O governo também informa que foram contratados estudos para avaliar parcerias público-privadas (PPPs) para a implementação de novas linhas do Metrô: 19-Celeste, e 20-Rosa. As operações demandarão aporte estimado de 25 bilhões de reais. A linha 19 interligará a capital a Guarulhos, em um trecho de cerca de 16 quilômetros e com 15 novas estações. A 20, por sua vez, terá uma extensão aproximada de 30 quilômetros e 24 estações entre São Paulo e o ABC Paulista. “O objetivo desses estudos é acelerar investimentos na expansão da rede de transporte metropolitano sobre trilhos, ampliando o acesso à população ao sistema”, afirmou a secretaria.
Na última terça-feira, 3, servidores da CPTM e do Metrô convocaram greve para protestar contra os planos do governo de conceder parte da operação do transporte metropolitano do estado à iniciativa privada — o protesto também foi aderido por funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp. Hoje, as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda são concedidas a empresas do Grupo CCR. Em meio ao caos provocado pela interrupção do serviço no dia 3, as linhas privatizadas continuaram operando — a exceção foi a linha 9, que apresentou falha.