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O novo alerta para o forte risco de recessão na Europa 

Para o FMI, a Europa ainda não apresenta um plano abrangente para lidar com a crise enegética

Por Renan Monteiro Atualizado em 19 jul 2022, 12h23 - Publicado em 19 jul 2022, 11h35

O corte parcial das exportações russas para Europa apresenta um novo indicador negativo para a economia da região. Nesta terça-feira, 19, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que um fechamento total do fornecimento de gás russo reduziria o PIB dos países mais vulneráveis da União Europeia em até 6% e levaria regiões como Hungria, Eslováquia e República Tcheca à recessão econômica. Embora com menor impacto, as economias da Itália, Alemanha e Áustria também seriam prejudicadas com contração econômica ao redor de 3%.

No topo da lista de dependência da Rússia para no Gás Natural Liquefeito (GNL) e outras fontes de energia, os seis países estão lidando com riscos iminentes. A empresa de energia Gazprom, controlada pelo governo russo, fechou o gasoduto Nord Stream 1 até 21 de julho, com a justificativa de manutenção. Já com a produção reduzida para menos de 40% da capacidade, este gasoduto é uma das principais infraestruturas de fornecimento de energia ao bloco europeu e há preocupações de que Vladimir Putin possa simplesmente se recusar a reativá-lo.

Para o FMI, a Europa ainda não apresenta um plano abrangente para lidar com a escassez e com novos aumentos nos preços da energia. No entanto, para mitigar os impactos, a instituição internacional destaca aos governos da União Europeia a necessidade de aumentar os esforços para estreitar as relações com outros mercados, seja para garantir o fornecimento de GNL ou outras fontes energéticas. Lidar com gargalos de infraestrutura para importar e distribuir gás, além de uma estratégia para compartilhar suprimentos em caso de emergência, foram outros pontos levantados. 

A invasão da Rússia na Ucrânia – quando a maior parte do mundo estava saindo das restrições sociais da pandemia – já levou o FMI a reduzir sua previsão de crescimento da economia global para 3,6% este ano, e novos rebaixamentos ainda são previstos. Na análise regionalizada, com a proximidade não só do ponto de vista geográfico ao campo de batalha, a economia europeia já enfrenta um sério revés devido ao grande abalo nas ligações comerciais, de investimentos e financeiras com os dois países em conflito. O temor é potencializar ainda mais esse revés com novos desdobramentos.

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