O que a Embraer tem a ganhar ao se unir à Boeing
A fabricante brasileira de aviões negocia com a gigante americana uma parceria que pode abrir novos mercados e fomentar a área de pesquisa e desenvolvimento
As negociações entre a Embraer e a americana Boeing alimentaram temores de que o país possa abrir mão de uma rara joia da indústria nacional. Michel Temer apressou-se em dizer que, enquanto for presidente, ela jamais será vendida – o governo tem o poder de veto a qualquer negociação que envolva o controle. O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, onde fica a sede da empresa, se opôs a qualquer proposta. São reações que tratam a companhia como se ela fosse uma estatal, suscetível às ingerências políticas. A verdade é bem diferente. A Embraer é o exemplo de privatização que deu certo. Quando foi vendida pela União, em 1994, a despeito dos protestos de sindicalistas e políticos locais, tinha uma dívida bilionária, corria risco de quebrar e empregava 6 000 trabalhadores; desde então, ela se tornou a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo (atrás da Boeing e da Airbus), triplicou o quadro de funcionários e hoje tem um faturamento vinte vezes maior. Apesar das manifestações intempestivas, o fato é que a Embraer tem muito a ganhar se acertar uma parceria estratégica com a Boeing, dizem analistas.
Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:
Ou adquira a edição desta semana para iOS e Android.
Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.