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O salto da fortuna de Elon Musk, o segundo homem mais rico do mundo

CEO da Tesla ultrapassa Bill Gates, da Microsoft, no ranking das maiores fortunas e está atrás de Jeff Bezos; No ano, seu patrimônio cresceu US$ 100 bi

Por Larissa Quintino Atualizado em 26 nov 2020, 03h47 - Publicado em 24 nov 2020, 10h28

Um dos ícones da atualidade quando os assuntos são negócios e tecnologia, Elon Musk viu sua fortuna disparar neste ano e, atualmente é o segundo homem mais rico do mundo, segundo o ranking dos bilionários da Bloomberg. A marca foi atingida na segunda-feira, 23. No começo do ano, ele estava em 35º lugar na lista, mas, com a disparada das ações de tecnologia, altamente beneficiadas pela crise da Covid-19, viu seu império crescer. Na segunda-feira, 23, ele ultrapassou o fundador da Microsoft, Bill Gates, e está apenas atrás de Jeff Bezos, da Amazon.

Desde o início do ano, Musk acrescentou 100,3 bilhões de dólares a seu patrimônio líquido, passando de 7,2 bilhões de dólares para 127,9 bilhões de dólares, impulsionado pelo crescimento das ações da Tesla. A fabricante de automóveis tem valor de mercado de quase 500 bilhões de dólares e 75% da fortuna do empresário é composta por ações das companhia. A maior parte do restante são ações da SpaceX, empresa de exploração especial de Musk. O empresário também é fundador da Neuralink, que estuda o desenvolvimento de chips cerebrais.

O crescimento da fortuna de Musk está diretamente relacionado com a alta das empresas de tecnologia. O índice Nasdaq, que mede as ações das maiores empresas do setor no mundo, vem em forte crescimento. Em janeiro, o índice batia os 9 mil pontos. Já nesta terça-feira, 24, operava na casa dos 11.800 pontos.

Essa explosão nas empresas de tecnologia ocorre principalmente por causa do isolamento social causado pela Covid-19, o que levou os consumidores a recorrerem a ferramentas na área de informática para conseguirem trabalhar e exercer suas funções à distância. As chamadas Big Techs são as principais responsáveis pelo crescimento das bolsas de Nova York e seus crescimentos compensam as grandes perdas sofridas por empresas de áreas como aluguel de carro e aviação.

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No top 10 dos milionários da Bloomberg, oito são líderes de Big Techs. Fora do clube da tecnologia estão Bernard Arnault:, francês dono do conglomerado de luxo LVMH, e o indiano Mukesh Ambani, da Reliance Industries, do setor de energia. O ano foi lucrativo para as pessoas mais ricas do mundo. Apesar da pandemia e de demissões generalizadas que afetaram desproporcionalmente a classe trabalhadora e os pobres do mundo, os 500 membros do índice de Bloomberg ganharam 23% coletivamente – ou 1,3 trilhão de dólares – desde o início do ano.

Rivalidade

A ascensão de Musk marca a segunda vez em oito anos do ranking que o cofundador da Microsoft, Gates, fica abaixo do segundo lugar. Ele ocupou o primeiro lugar por anos antes de ser ultrapassado pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, em 2017. O patrimônio líquido de Gates é de 127,7 bilhões de dólares atualmente. A atualização do ranking também marca mais um capítulo na rivalidade entre Musk e Gates. Os dois trocaram farpas por causa da Covid-19: enquanto Gates lidera uma fundação que apoia a pesquisa de vacinas, Musk é negacionista e já colocou sob suspeita os dados da pandemia e levantou teorias da conspiração acerca da doença. Além disso, Musk tirou sarro de Gates pelo Twitter sobre falas do fundador da Microsoft sobre futuro da mobilidade e de caminhões elétricos.

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