Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Oi fecha acordo para venda e pode virar operadora de redes

Empresa Highline Telecomunicações assume preferência nas negociações. Companhia pode transformar-se em provedora de infraestrutura

Por Agência Brasil 23 jul 2020, 22h09

A operadora de telecomunicações Oi anunciou nesta quinta-feira, 23, um acordo de exclusividade com a empresa de infraestrutura Highline Telecomunicações do Brasil para a negociação de sua área de telefonia móvel. Segundo a Oi, a companhia apresentou a melhor “oferta vinculante” para aquisição acima do preço mínimo definido.

O acordo não significa a conclusão da venda, mas um acerto de que a Oi seguirá as tratativas com a Highline. Até então, a telefônica estava avaliando possibilidades de venda com outras companhias do setor, como TIM, Vivo e Claro. O acordo é válido até 3 de agosto, mas pode ser prorrogado.

De acordo com o documento da Oi, o acordo visa “garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes e permitir que, uma vez satisfatoriamente finalizadas as negociações dos documentos entre as partes, a Oi tenha condições de pré-qualificar a Highline para participação no processo competitivo de alienação da UPI [unidade que será vendida], garantindo assim o direito de cobrir outras propostas recebidas no referido processo”, explica o texto.

O anúncio marcou uma mudança na condução da reestruturação da Oi até o momento. A concessionária presta serviços de telecomunicações e explora infraestrutura originada do Sistema Telebrás em 26 Unidades da Federação, com exceção de São Paulo (onde a Telefônica Vivo opera a exploração).

Continua após a publicidade

Recuperação judicial

Quarta maior operadora móvel do país, a Oi foi resultado da fusão da Brasil Telecom com a Telemar. Diante de problemas de gestão, pediu recuperação judicial em 2016 e, desde então, tenta equacionar sua situação financeira.

As negociações de suas operações móveis com as demais operadoras – TIM, Vivo e Claro – indicavam que estas dividiriam a participação de mercado da Oi. Com o acordo de exclusividade da Highline, entra em cena uma provedora de infraestrutura a outras firmas, no lugar de uma empresa de serviços móveis ao usuário final.

Se a Highline concluir a aquisição da unidade móvel, uma possibilidade é que as redes da Oi, como estações rádio base e outras infraestruturas, sejam integradas. A Highline ainda não anunciou como será o modelo de exploração da infraestrutura nem quem poderá utilizá-la para fornecer conexão de telefonia celular ao usuário final.

Críticas

A Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações (Fitratelp) é contrária ao fatiamento da Oi (venda de diferentes unidades a distintos compradores). Para a entidade, a empresa deveria manter-se como agente econômico que presta serviços em diversas modalidades.

“Como ela ainda está cumprindo recuperação judicial, e se isso precisa ser aprovado por um juiz, vamos votar contra a proposta de fatiamento. Isso não vai favorecer a população, mas é para favorecer os fundos abutre que adquiriram ações da Oi. Será que a Highline vai ter condição de competir com as demais? Ainda não está claro o que seria comprado”, pondera o presidente da entidade, João Moura Neto.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.