Os bilhões em auxílios que o governo Bolsonaro pagará antes do 2º turno

Entre Auxílio Brasil e voucher para motoristas, governo irá transferir cerca de R$ 13 bilhões neste mês; calendário do antigo Bolsa Família foi antecipado

Por Larissa Quintino Atualizado em 3 out 2022, 19h31 - Publicado em 3 out 2022, 14h07

Nos próximos 28 dias de campanha, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) terá tempo para pagar os benefícios sociais aprovados na PEC das Bondades, às vésperas da eleição. Entre o Auxílio Brasil turbinado em 600 reais e o voucher de 1.000 reais para caminhoneiros e taxistas, o governo deve desembolsar cerca de 13 bilhões de reais em ajudas no mês de outubro. O aumento do auxílio e o voucher para os motoristas estão entre as apostas de Bolsonaro para conseguir bombar sua popularidade e angariar votos para a reeleição.

No caso do Auxílio Brasil, o governo desembolsa por mês 12,1 bilhões de reais em benefícios para 21 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. Assim como em agosto, quando passou a valer o valor com o bônus de 200 reais (subindo de 400 para 600 reais) o governo Bolsonaro antecipou o pagamento do Auxílio em uma semana. Em vez de ser pago a partir do dia 18, como previsto no calendário inicial, o pagamento começa no dia 11 e vai até o dia 25, sendo concluído antes do segundo turno das eleições.

Já o auxílio para caminhoneiros e taxistas, que pagou 700 milhões na última parcela, deposita 1.000 reais na conta dos motoristas beneficiários no dia 22 de outubro, a uma semana do segundo turno, de acordo com o calendário da Caixa Econômica Federal. O benefício aprovado pelo Congresso em julho prevê o pagamento até dezembro deste ano de parcelas de 1.000 reais para atenuar o impacto dos preços dos combustíveis. Quando aprovado, a gasolina passava de 7 reais o litro no país, agora o preço médio está na casa dos 4,80 reais. O diesel também apresenta recuo, mas em ritmo menor: de quase 8 reais para 6,70 reais agora.

Benefícios

Aprovada em uma tramitação relâmpago na Câmara e no Senado antes do recesso parlamentar e do início do período eleitoral, a PEC das Bondades permitiu a ampliação de 400 para 600 reais o valor do Auxílio Brasil, a ser pago até dezembro, e 1.000 reais para caminhoneiros e taxistas. Para o governo conseguir pagar os benefícios e driblar a proibição da lei eleitoral de benefícios sociais às vésperas do pleito, foi decretado estado de emergência por causa da Guerra na Ucrânia. O saldo total é um furo de 41 bilhões de reais no teto de gastos para os pagamentos até o fim deste ano.

A manutenção do Auxílio Brasil em 600 reais par 2023, apesar da promessa de campanha de Bolsonaro (e também do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não consta no projeto de Lei Orçamentária. O governo Bolsonaro prevê o benefício em 405 reais para o próximo ano.

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