Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul na bolsa e na economia

Abertura de mercado: Há limite de gastos para reconstruir um Estado destruído por uma catástrofe climática?

Por Tássia Kastner
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h55 - Publicado em 7 Maio 2024, 08h13

Qual é o preço que o Brasil está disposto a pagar para reconstruir um Estado devastado por uma catástrofe climática? Há um teto? Pois essa parece ser a pergunta infame feita na Faria Lima enquanto pessoas continuam a perder suas casas para uma enxurrada que deixa o Rio Grande do Sul embaixo d’água. A Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de calamidade pública que facilita a liberação de recursos para o Estado, isso enquanto não se sabe qual vai ser a demanda de dinheiro. A catástrofe que afeta dois terços do RS ainda está em andamento. Há previsão de mais chuvas para esta semana e as águas que alagam agora Porto Alegre e região Metropolitana estão rumando à metade sul do Estado.

Oficialmente, são 85 mortes, uma centena de desaparecidos e mais de 1,2 milhão de pessoas afetadas pela tragédia. Pessoas sem casas, sem acesso a água potável, sem luz. E que vão precisar de ajuda para ter onde morar depois. O governo prepara um programa de financiamento para a reconstrução.

A sinalização de que haverá desembolsos de recursos extraordinários, fora da meta fiscal, fez o Ibovespa fechar em leve queda ontem, na contramão do exterior. Nesta manhã, os futuros americanos operam sem direção única, com viés de alta. Não há tendência para o EWZ, que representa a bolsa brasileira em Nova York.

Parece tratar-se apenas de uma questão fiscal: não é. Ontem o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou que a tragédia deverá impactar também as expectativas de mercado. Apenas no setor de alimentos, o Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz do país, grande fornecedor de trigo e soja e concentra uma parte importante da produção de carnes, especialmente aves.

A demora na reconstrução do Estado após as tragédias significa aumento no preço dos alimentos do país inteiro. É mais inflação, só que essa pesa mais no bolso dos mais pobres do país todo.

Continua após a publicidade

Só que o PIB do Rio Grande do Sul é o quinto maior do país. Para gerar superávit fiscal no país, é preciso que a economia do Estado dê sua dose de contribuição e arrecade impostos. Daí a necessidade de reconstrução rápida.

Olhando para o Ibovespa, há grandes empresas com atuação relevante no Estado. Falta de energia e água paralisam operações. Uma infraestrutura em frangalhos, com estradas destruídas, impede a chegada de matérias-primas e o escoamento da produção. De BRF a WEG, passando por SLC Agrícola, Gerdau e até varejistas, a lista de empresas com atuação relevante é imensa.

Pode-se esperar que uma queda no lucro dessas empresas, causada pela tragédia, tenha impacto na bolsa. E que as ações caiam. Mais um indício de que há um custo econômico em não investir na recuperação do Estado o mais rápido possível. Na economia, não existe apenas meta fiscal.

Agenda do dia

9h: Lula dá entrevista ao programa Bom Dia, Presidente
12h30: Neel Kashkari (Fed/Minneapolis) fala

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.