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Os negócios brasileiros com a Rússia que estão na mira de Trump

Importações de diesel russo disparam no Brasil e podem ser motivo de mais um tarifaço

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2025, 10h16 - Publicado em 7 ago 2025, 10h13

A escalada das compras brasileiras de diesel da Rússia acende um sinal de alerta para o setor de comércio exterior, após os Estados Unidos anunciarem nesta quarta-feira, 6, um novo pacote tarifário contra a Índia pelo mesmo motivo. O presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva estabelecendo uma tarifa adicional de 25% sobre produtos indianos, citando explicitamente a importação direta ou indireta de petróleo russo como justificativa para a medida. Com o tarifaço extra, as importações indianas serão taxadas em 50% nos EUA.

O movimento acende a luz vermelha no Brasil, que vem ampliando rapidamente suas importações do combustível russo desde o início da guerra na Ucrânia. Em dezembro de 2023, as compras brasileiras de diesel da Rússia atingiram o recorde de 1 bilhão de dólares, e em maio de 2024 somaram 701 milhões de dólares.

Neste ano, as importações de diesel russo pelo Brasil dispararam 229% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Petróleo. Atualmente, mais da metade (56%) das importações brasileiras da Rússia corresponde a óleo combustível de petróleo, principalmente o diesel. O Brasil se tornou um dos principais compradores do combustível russo, atraído pelos preços baixos em função de sanções comerciais impostas por países contrários à Guerra da Ucrânia. Outros 38,7%  das importações russas no Brasil são de adubos e fertilizantes químicos.

A decisão dos EUA estabelece que a nova tarifa de 25% começa a valer a partir de 27 de agosto, somando-se aos 25% já aplicados anteriormente ou seja, produtos indianos que usam petróleo russo passarão a pagar 50% de imposto para entrar no mercado americano. Produtos já em trânsito, embarcados antes desse prazo e que cheguem até 17 de setembro, estarão isentos. A taxação de 50% começou ontem no Brasil, mas não por esse motivo. Se o critério americano se repetir para outros mercados, as exportações brasileiras podem ser alvo de ainda mais barreiras comerciais

Na ordem executiva, Trump é explícito em relacionar o petróleo russo ao tarifaço na Índia: “É necessário e apropriado impor um direito ad valorem adicional sobre importações de artigos da Índia, que está importando petróleo da Federação Russa, direta ou indiretamente.”

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O Ministério das Relações Exteriores (MEA) da Índia classificou a decisão de Trump como “extremamente infeliz”, “injusta, injustificada e irrazoável”, afirmando que as importações do país “são baseadas em fatores de mercado” e visam garantir a segurança energética de 1,4 bilhão de pessoas.

 

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