Otimismo do brasileiro com economia cai, assim como aprovação de Lula
Pesquisa de avaliação do governo realizada pela Genial/Quaest aponta recuo na avaliação do trabalho do presidente, de Haddad e preocupação com inflação
O otimismo do brasileiro com a economia em 2023 está perdendo força, é o que mostra a pesquisa de avaliação do governo divulgada nesta quarta-feira, 25, pela Genial/Quaest. Em agosto, 59% dos entrevistados acreditavam em uma melhora da economia, no levantamento de outubro — o quinto de avaliação do governo Lula — esse número recuou para 50%. Enquanto isso, os que veem uma perspectiva de piora subiram de 22% e agora somam 28%. Os que acreditam que vai continuar como está são 18% agora e eram 16% há dois meses.
Além da queda do otimismo do brasileiro com a economia, a pesquisa também mostrou uma piora na avaliação de Lula. No último levantamento de agosto, o petista era aprovado por 60% dos entrevistados. Agora, esse número caiu para 54%. Na outra direção, os que desaprovavam Lula eram 35% há dois meses e hoje são 42%. Também houve piora na avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 26% veem seu trabalho como positivo, o mesmo número de agosto. No entanto, 26% apontam o trabalho como negativo, 3 pontos a mais que no último levantamento.
A piora da percepção do brasileiro com a economia se relaciona com a inflação. 57% disseram que o preço das contas aumentaram, contra 48% do levantamento anterior. 47% dos entrevistados veem tendência de aumento dos preços para os próximos meses, contra 35% do levantamento anterior.
Em julho, o IPCA — índice que mede a inflação do país — passou a subir. A alta decorreu da recomposição de impostos federais nos combustíveis, deixando os preços nas bombas mais caros. Também houve aumento em habitação, com preços administrados de contas de energia. Em setembro, o IPCA ficou em 0,26%, próximo da estabilidade. Enquanto os combustíveis aumentaram, os alimentos ajudaram a segurar uma alta maior dos preços. A expectativa do mercado financeiro para este ano é que a inflação fique em 4,65%, assim, esse seria o primeiro ano sem estouro na meta determinada do Conselho Monetário Nacional — que tem margem de tolerância de até 4,75%.