País tem melhor janeiro na geração de empregos, com 260 mil vagas CLT

No mesmo período do ano passado, período pré-pandemia, foram geradas 117 mil vagas formais; aumento é puxado por indústria e serviços

Por Larissa Quintino Atualizado em 12 abr 2021, 11h06 - Publicado em 16 mar 2021, 11h58

A recuperação do emprego formal no Brasil vem mostrando solidez. Segundo dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, 16, o número de vagas de emprego criadas, entre admitidos e demitidos, foi de 260.353 pessoas em janeiro deste ano.

O resultado é superior aos dados de janeiro do ano passado, no período pré-pandemia, em que 117.793 vagas formais foram criadas. De acordo com o Ministério da Economia, é o melhor resultado do Caged desde 1992, início da série histórica do indicador. O grande destaque para a criação de empregos no período foi a indústria, com a abertura de 90.431 postos de trabalho.

Com as contratações maiores do que as demissões, o estoque de empregos no Brasil é de 39.623.321 postos formais, o maior saldo para o mês desde janeiro de 2015 (39.623.321).

A recuperação do mercado, entretanto, não retira o desafio do enfrentamento da nova alta de casos e mortes na pandemia de Covid-19. Entre o fim de fevereiro e durante o mês de março, governadores e prefeitos voltaram a restringir atividades, que podem afetar os empregos, principalmente do setor de serviços e comércio. Neste ano, o BEm, programa que permite suspensão de contratos ou redução de jornada e salário, não está mais vigente. Porém, o programa deve ser reeditado em breve, para evitar que haja um choque no mercado formal, ponto importante para a retomada da economia.

O principal choque do fechamento de atividades em 2020 foi no setor de serviços. Este, aliás, que passou a se recuperar no segundo semestre do ano passado. Em janeiro, o saldo de empregos gerados em serviços foi de 83.686 empregos no período, segunda maior contribuição ao saldo positivo total de janeiro.

Continua após a publicidade

Metodologia

Cabe ressaltar que o Caged capta apenas o comportamento do mercado formal, ou seja, números de carteiras assinadas que são informadas pelos empregados ao Ministério da Economia, e não os dados de desemprego do país, compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O país fechou o ano com 13,4 milhões de desempregados, a uma taxa média anual de 13,5%. Os dados de janeiro devem ser divulgados até o fim deste mês.

O descompasso entre a taxa de desocupação e a criação de vagas formais está diretamente ligada à recuperação da economia e é visto desde meados do ano passado. Com atividades voltando a funcionar e os indicativos de melhora, mais gente passou a procurar emprego. Porém, o aumento de casos de Covid pode frear esse movimento. A taxa de desocupação do IBGE considera desempregados somente aqueles que ativamente procuram por uma vaga. A melhora do mercado formal é importante, mas é difícil que haja absorção de toda a força de trabalho, que também passa por trabalhadores informais.

Leia também:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.