Páscoa: 39% vão gastar menos neste ano, mostra levantamento
No ano anterior, 5% dos consumidores ficaram no vermelho por conta da data comemorativa
Os consumidores pretendem gastar menos com ovos e presentes de Páscoa neste ano. Levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais mostra que 39% querem gastar menos neste ano do que na Páscoa de 2016.
Esse cenário, segundo a pesquisa, se deve a fatores como a alta nos preços dos ovos de chocolate e ao desemprego. Entre os entrevistados, a percepção de que o preço dos ovos aumentou é grande: 56% compartilham da sensação.
No total, 57% dos brasileiros vão presentar alguém nesta Páscoa. Três em cada dez (28%) estão indecisos e 15% disseram que não comprarão nada. Entre os que não vão fazer compras, os motivos mais citados são o endividamento e a priorização de dívidas (22%). A falta de costume ou o fato de não gostarem da data (18%) e o desemprego (17%) completam a lista de justificativas.
A pesquisa ainda revela que a média de gasto para esse ano deve ficar em torno de 140 reais. Entretanto, 34% dos compradores pretendem gastar até 100 reais. 70% dos entrevistados vão pagar à vista, seja em dinheiro ou débito. Apenas 15% dos consumidores pretende pagar as compras com o cartão de crédito. O parcelamento é citado por 11% dos entrevistados.
“Em um momento de grandes incertezas e pouco propício ao endividamento, o ideal é fazer compras à vista. Diminuir o tamanho dos ovos, presentear menos pessoas e ser criativo na hora de agradar são outras saídas válidas. A Páscoa é apenas a primeira data comemorativa do ano e pode ser arriscado já comprometer o orçamento com prestações”, orienta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.
As pessoas mais presenteadas na data serão os filhos, com 58% das referências, os maridos e as esposas são o segundo grupo mais citado, com 46%. Mães e os próprios entrevistados completam a lista.
Ainda assim, 89% dos consumidores vão pensar duas vezes antes de comprar, de acordo com o estudo. A pesquisa de preços é uma tendência forte, principalmente entre as pessoas da classe C e as mulheres, nesses grupos, 91% e 93%, respectivamente, pretendem comparar valores antes da compra.