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Petrobras aumenta em 2% o preço da gasolina nas refinarias

Apesar do reajuste, o primeiro em dezoito dias, importadores reclamam da disparidade do custo com o mercado internacional

Por Por Redação
Atualizado em 24 abr 2019, 10h20 - Publicado em 23 abr 2019, 13h51
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  • A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 23, aumento médio de R$ 0,0396 no preço do litro de gasolina nas refinarias, após 18 dias sem sofrer modificação. O reajuste equivale a uma alta de 2,05%. O combustível passará a custar em média 1,9750 real por litro, maior valor desde 30 de outubro de 2018, quando o combustível estava cotado em 1,9855 real, segundo dados publicados anteriormente pela Petrobras.

    Esse reajuste veio um dia após a estatal anunciar mudança na divulgação dos preços tanto da gasolina como do diesel. A petroleira passou a atualizar diariamente em seu site o valor dos combustíveis em cada um dos 37 pontos de venda que atua no país. Anteriormente, era publicado apenas o preço médio diário.

    Assim, a companhia interrompeu uma série histórica dos preços da gasolina e do diesel vendidos em suas refinarias iniciada na gestão de Pedro Parente, em maio de 2016, e que diariamente informava o preço médio que seria praticado no país.

    Os importadores de combustíveis criticaram o aumento, dizendo que ele foi pequeno e que não cobre a defasagem acumulada em um período de alta das cotações internacionais do petróleo. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, o aumento é “para inglês ver”, referindo-se à defasagem de mais de R$ 0,10 em relação à gasolina no mercado internacional. “Aos poucos (a Petrobras) vai matando os concorrentes e estabelecendo o monopólio. A defasagem continua muito elevada”, afirma.

    Reajuste no diesel

    Na semana passada, no dia 17 de abril, o diesel sofreu reajuste de 4,8% em seu preço, o que equivale a um aumento de R$ 0,10. A medida veio após uma polêmica sobre o assunto. Cinco dias antes, em 12 de abril, a Petrobras anunciou reajuste de 5,7% no preço do óleo diesel, mas mudou de ideia horas depois, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, por causa da tensão com os caminhoneiros, que já citavam nova greve.

    A questão se estendeu por alguns dias e o governo federal anunciou um pacote de medidas para atender o setor de transporte de cargas. Entre elas, liberou 500 milhões de reais para uma linha de crédito voltada aos caminhoneiros via BNDES e uma verba de 2 bilhões de reais para obras em estradas.

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    As medidas, no entanto, não agradaram aos caminhoneiros. No dia 17, a estatal voltou a anunciar aumento no valor do diesel, desta vez com um reajuste de 4,8%. A notícia dividiu a categoria. Mas, após negociações com o governo, ficou decidido nesta segunda-feira, 22, que os caminhoneiros desistiram da paralisação prevista para o dia 29, com a promessa do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, de fiscalizar a aplicação do frete mínimo e reajustar seu valor conforme a mudança no preço dos combustíveis.

    Em nota, a Petrobras afirmou que continuam em vigor os princípios de preço de paridade internacional. Além disso, a petroleira diz que, em setembro de 2018, sua Diretoria Executiva aprovou mecanismo de proteção (hedge) complementar à política de preços de gasolina, permitindo à empresa ter a opção de alterar a frequência dos reajustes diários do preço da gasolina no mercado interno.

    Por fim, a Petrobras destacou que “os reais valores de importação variam de agente para agente, dependendo de características como, por exemplo, as relações comerciais no mercado internacional e doméstico, o acesso a infraestrutura logística e a escala de atuação”, afirmou a empresa em nota.

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    (Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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