PF realiza operação contra fraudes em saque no abono do PIS
Quadrilha obtinha informações privilegiadas de pessoas com direito ao abono salarial e usava um documento falso para realizar saques
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira uma operação para desarticular uma quadrilha que realizava saques fraudulentos do abono salarial do PIS em agências da Caixa Econômica Federal. O pagamento do 2º lote do abono salarial do PIS começou na quinta-feira da semana passada. O valor varia de 80 a 954 reais, dependendo do período trabalhado em 2017.
Segundo a Polícia Federal, os criminosos obtinham informações privilegiadas de pessoas com direito ao abono salarial e usavam um documento falso para realizar saques em agências espalhadas pelo estado de São Paulo. Nesta primeira fase da operação, a investigação identificou 88 saques pela quadrilha. O prejuízo para os cofres públicos somou mais de 80.000 reais.
A investigação foi iniciada há quatro meses com a prisão de um dos integrantes do grupo criminoso. Com o cruzamento de informações e comparações de imagens captadas por câmeras de vigilância das agências bancárias, a polícia conseguiu identificar outros criminosos.
Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências no município de São Paulo para colher provas e documentos utilizados pelos criminosos – a ação conta com sessenta policiais.
O nome da operação – Golpes Master – é uma referência a uma empresa fictícia criada pela quadrilha. De acordo com as autoridades, o grupo postava nas redes sociais, com frequência, fotos do dinheiro obtido com as fraudes.
O abono salarial do PIS é pago a trabalhadores da iniciativa privada que receberam dois salários mínimos mensais com carteira assinada e exerceram atividade remunerada por ao menos trinta dias em 2017. É preciso também estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).