Os europeus enfrentam um cenário bastante adverso nos aeroportos. Como se não bastassem as passagens mais caras, filas, atrasos e cancelamentos se tornaram corriqueiros nos últimos dias com a greve das companhias aéreas. Esse é mais um episódio de caos que o setor aéreo enfrenta nos últimos dois anos. Anteriormente, a própria pandemia deflagrou a crise. Agora, são seus efeitos que estão levando trabalhadores a exigir melhores condições de trabalho, como aumentos salariais e novas contratações.
Com o fechamento das fronteiras e as restrições de locomoção nos países, as companhias aéreas reduziram a força de trabalho durante a crise sanitária. A jornada de trabalho e os salários dos tripulantes, por consequência, também foram reduzidos. Agora, com a retomada das viagens, os funcionários esperam fechar um acordo para garantir melhorias. A greve acontece em meio à temporada de férias do verão europeu, o quem tem piorado a situação dos aeroportos.
As companhias de baixo custo Ryanair e EasyJet já anunciaram as paralisações. No sábado, cinco voos foram cancelados e 175 foram adiados no aeroporto de Madri, capital da Espanha. Dos atrasados, 123 eram da Ryanair e 52 da EasyJet. Na França, diversos voos também estão sendo cancelados no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Segundo a agência Reuters, aeroportos do Reino Unido, Holanda e Alemanha também estão com dificuldades para manejar o aumento do tráfego. Na Alemanha, o problema é o déficit de trabalhadores, tanto nos aeroportos quanto no quadro de funcionários da Lufthansa. Segundo o sindicato USO (Unión Sindical Obrera), mais de 200 voos foram cancelados e quase mil sofreram atrasos nos últimos seis dias.