Desde que Lionel Messi se transferiu para o Inter Miami, em junho deste ano, os rumores sobre a presença de times norte-americanos e o retorno de mexicanos à Copa Libertadores aumentaram. O jornal Olé, da Argentina, chegou a cravar a participação do astro na competição em 2024, algo que a Conmebol não confirma.
Nos bastidores, o lobby para que isso aconteça é grande. Na última semana, o jornal TyC Sports revelou que o presidente da AFA (Associação de Futebol Argentino), Chiqui Tapia, teria convidado o Inter Miami para participar da competição. O calendário e a logística fazem com que realizar essa transformação de forma definitiva seja complexo, mas o mercado já se movimenta, imaginando como seria. “Vai ser divertido ver muitos dirigentes torcendo para cruzar com o time de Messi na fase de grupos. Afinal, será certeza de grandes receitas com bilheteria. Mas no final das contas, todos saem ganhando”, diz Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal.
Em paralelo, há um movimento de criação de uma competição intercontinental, com a presença de clubes brasileiros, argentinos, mexicanos e americanos. Tudo ainda é embrionário, mas autoridades da Conmebol e Concacaf conversam internamente sobre o tema. “Teríamos estádios tomados e com ingressos custando do dobro ao quádruplo do que já é cobrado. Até o primeiro sorteio se tornaria uma atração”, argumenta Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.
Enquanto isso não acontece, uma outra possibilidade mais concreta tem chance de acontecer ao final de 2024, quando a Fifa vai realizar um modelo alternativo de Mundial, que antecede o Super Mundial de 2025. Com isso, o campeão da Liga dos Campeões da Concacaf enfrentaria o vencedor da próxima Libertadores nas quartas de final da competição global de 2024. “Futebol é entretenimento, o Messi é o maior jogador da atualidade e campeão do mundo, por isso jogar contra o time dele agrega de todas as formas: entretenimento, publicidade, patrocínio e impacto de mídia e de torcedores”, observa o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz.