Preço da batata sobe até 82% nesta semana na Ceagesp
Aumento de custos é reflexo da greve dos caminhoneiros; mesmo com fim da paralisação, normalização do abastecimento deve levar de 2 a 3 dias
A greve dos caminhoneiros começa a ter reflexo no preço dos alimentos. Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o quilo da batata asterix, aquela que tem a casca roxa, teve aumento de 82% nesta semana. A batata lavada está custando 40% mais.
A manga registra elevação de 11,3%, mamão formosa alta de 8%, papaia teve elevação de 5,8%, o melão apresentou aumento de 11,3% e a melancia subiu 3,6%.
“Mesmo que a greve acabe hoje, a normalização deve levar entre 2 a 3 dias, porque muitos produtos vem de outros estados e leva tempo para eles chegarem aqui”, explica o analista da Ceagesp, Ubaldo Cardinali.
O aumento nos preços ocorrer principalmente nos produtos que vem de outros estados. Manga e mamão são provenientes da Bahia e Espírito Santo, o melão vem do Rio Grande do Norte, a melancia, de Goiás e a batata do Paraná.
O protesto dos caminhoneiros autônomos, iniciado na segunda-feira, ameaça o abastecimento de vários setores. Empresas que fazem o transporte de animais vivos, por exemplo, anunciaram a suspensão das atividades. O sindicato dos postos de gasolina informa que o setor trabalha com estoque baixo e por isso também pode ficar desabastecido nos próximos dias.
Os profissionais reivindicam redução no preço do óleo diesel. A Petrobras anunciou ontem que vai diminuir 10% o valor do combustível por 10 dias e está em tramitação no Congresso Nacional um projeto que prevê a isenção de PIS/Cofins e Cide do diesel. Setor disse que só encerra as manifestações com publicação no Diário Oficial das isenções.