Preço das passagens aéreas caiu após cobrança de bagagem

Desde 2002, a redução foi de 48,88%, de acordo com dados da Anac

Por Da redação
Atualizado em 21 set 2017, 17h11 - Publicado em 21 set 2017, 17h11

A nova regra de cobrança de bagagem nas viagens aéreas impactou o preço das passagens. Levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mostra que houve uma redução de preço dos bilhetes de 7% e 30% de junho, quando a cobrança começou, para setembro.

A nova regulamentação permite que as companhias aéreas passem a cobrar pelas malas despachadas. Antes, os passageiros podiam levar uma mala de 23 kg (voos nacionais) ou de 32 kg (voos internacionais) sem custos adicionais. Para compensar a redução, o peso da bagagem de mão levada pelo passageiro subiu de 5kg para 10 kg.

Desde a mudança, cada companhia adotou uma regra diferente para a mala despachada. A Gol por exemplo, dá um desconto de até 30% para os passageiros que não despacham bagagens. Dependendo da classe tarifária, o passageiro pode levar de uma a duas malas de 23 kg sem custo.

De acordo com o levantamento da Abear, a parcela de passageiros que viaja sem bagagem varia de 60% (Azul), 63% (Latam) a 65% (Gol).

No caso da Gol, houve aumento de 50% no volume de viajantes que não despacha bagagem, em relação ao mesmo período do ano passado, o que corresponde a 1 milhão de bilhetes já vendidos com a nova tarifa. A Latam calcula que mais de 900 mil passageiros já voaram com tarifas mais baixas. A Avianca, por sua vez, ainda não implementou as novas regras de bagagem – começa na segunda-feira.

Continua após a publicidade

“Na medida em que de fato os preços caem, abrimos espaço para ampliar a concorrência e a disputa, além de incluir mais passageiros e permitir, inclusive, a retomada de voos cujos custos ficaram inviáveis pela queda de passageiros que tivemos no ano passado”, afirma em nota o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

Segundo ele, o preço das passagens caiu 50% de 2002 a 2015, período em que o total de passageiros do setor saltou de 30 milhões para 100 milhões. No ano, entretanto, 8 milhões de brasileiros deixaram de viajar de avião por conta da crise.

Preço

O preço médio das tarifas aéreas ficou 323,62 reais no primeiro semestre de 2017, uma queda de 2,56% em relação a igual período de 2017. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Avião Civil (Anac). Desde 2002, a redução foi de 48,88%.

Continua após a publicidade

Nos primeiros seis meses do ano, 58,2% das passagens foram comercializadas tinham preço abaixo de 300 reais. Outras 10,2% tiveram preço de até 100 reais. As tarifas aéreas acima de 1500 reais representam apenas 0,4% do total vendido.

A demanda por transporte aéreo doméstico também apresentou alta de 0,65% no primeiro semestre em relação ao ano anterior. Mesmo assim, em média, viajar de avião ficou mais barato. O yield, indicador que representa o valor pago por quilômetro voado, apresentou queda de 4,89% durante o período pesquisado – passando de cerca de 0,29 centavos para 0,28 centavos. É o menor valor para um primeiro semestre na série histórica de acompanhamento da Anac desde 2002.

Outros 11 locais apresentaram redução no preço por quilômetro voado. As linhas aéreas entre Norte e Nordeste foram as que mais sentiram redução, de 15,5%. As passagens entre Centro Oeste e Nordeste tiveram alta de 8,8%.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.