O preço do diesel ficou 8,78% mais barato nos postos de combustíveis após a greve dos caminhoneiros, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O litro do óleo custava 3,482 reais na semana passada, enquanto no início da greve era vendido por 3,788 reais — um desconto de 30 centavos. Vale destacar que entre os dias 27 de maio e 2 junho o combustível chegou a custar 3,828 reais.
O preço do diesel foi um dos fatores desencadeadores da paralisação de onze dias dos caminhoneiros, que levou ao desabastecimento de combustíveis e alimentos.
Os reflexos da mobilização ainda são contabilizados, mas o mercado já fala em inflação maior neste ano, com previsão de subir de 3,65% para 3,82%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central.
A proposta do governo para encerrar a greve dos caminhoneiros foi anunciar a redução do preço do diesel e mudança na periodicidade dos reajustes. Desde o início da greve, o preço do combustível teve queda de 30 centavos nos postos. O valor ainda está abaixo da promessa do governo, que é de reduzir 46 centavos.
A Petrobras usa a cotação internacional para definir o valor dos combustíveis, o que leva a variações diárias nos preços. A tentativa de o governo interferir nessa política precipitou a saída de Pedro Parente da presidência da companhia. Quando assumiu o cargo, há dois anos, Parente afirmou que não haveria interferência do governo na política de preços da estatal. Sob sua gestão, a Petrobras registrou no primeiro trimestre de 2018 o primeiro lucro desde a Lava Jato. No lugar do Parente, assumiu Ivan Monteiro, que também defende preços baseados no mercado externo.