Previdência: Centrais cancelam greve após Maia indicar adiamento
Presidente da Câmara, que se reuniu com representantes dos sindicatos na última quarta-feira, avaliou que não há condições de votação no momento
As centrais sindicais cancelaram nesta sexta-feira a greve geral programada para a próxima terça-feira (5). O motivo é a avaliação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que a reforma da Previdência não será votada na quarta-feira. Maia se reuniu com representantes das entidades sindicais na última quarta-feira.
A paralisação foi decidida na sexta-feira da última semana por Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas, com o objetivo de protestar contra as mudanças na aposentadoria e a reforma trabalhista. As entidades recomendaram aos sindicatos que mantenham os trabalhadores mobilizados – para caso haja alteração da perspectiva de votação – e os protestos já agendados.
“Uma greve nacional afeta metrô, ferrovia, mexe com toda a população. Não queremos ser irresponsáveis”, disse a VEJA o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
O governo trabalha para que o texto, que foi aprovado em maio, seja apreciado no plenário até o dia 6. O objetivo é o de não adiar a decisão para 2018, um ano eleitoral. São necessários 308 votos em plenário. E a medida, que altera a Constituição, ainda precisará passar por uma segunda votação no plenário da Câmara, além de outros dois turnos no Senado.
Na última quinta, após evento com investidores, Maia disse que não há data definida para a próxima etapa, pois não há votos suficientes e não há sentido pautar a votação sem o apoio necessário.