Previdência: protestar é legítimo, mas não resolve o rombo
Apesar das manipulações numéricas e da reação popular à perda de direitos, reformar o sistema de aposentadorias é questão de justiça social
Na última semana, as dezenas de protestos ocorridos em cidades de vinte estados e no Distrito Federal inflaram as discussões sobre a reforma da Previdência. O pleito dos trabalhadores é por “nenhum direito a menos”. No entanto, ao analisar os números da seguridade social fica claro que se não houver uma reforma, há o risco de nenhum trabalhador ter seu benefício garantido no futuro. A situação caótica em que está o estado do Rio de Janeiro serve de exemplo para mostrar que sem dinheiro, não há como garantir os direitos previstos nas leis.
Reportagem de VEJA desta semana mostra, em números, os desequilíbrios no sistema de aposentadorias. Além da aritmética explícita, que mostra a diferença entre o dinheiro que entra e o dinheiro que sai, há pontos importantes que não estão sendo apontados por quem milita contra o projeto. Apesar de no Brasil não haver uma idade mínima para aposentadoria – algo que nos coloca na contramão do resto do mundo – em geral, os mais pobres se aposentam somente aos 65 anos. O caso é que, como essa camada da população trabalha informalmente por boa parte da vida, eles se aposentam por idade, e não por tempo de contribuição. Outra distorção: 1 milhão de servidores públicos causam um déficit de 121 bilhões de reais, enquanto os 30 milhões de benefícios do INSS acarretam um déficit parecido, de 152 bilhões.
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