Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Reajuste do salário mínimo aumenta aposentadorias, seguro-desemprego e PIS

Piso sobe 5,26% em 2021, mas valor ainda pode ser reajustado com resultado da inflação; cada R$ 1 a mais no reajuste, despesa do governo cresce R$ 531,1 mi

Por Larissa Quintino Atualizado em 4 jan 2021, 13h20 - Publicado em 4 jan 2021, 09h05

O primeiro dia útil do ano já começa com um novo valor do salário mínimo. O aumento de 1.045 reais para os 1.100 reais também reajusta pagamentos vinculados ao piso nacional. Com isso, seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) devem ser reajustados. O mesmo vale para boa parte das aposentadorias e tetos de indenizações judiciais. Todos esses pegamentos terão o mesmo índice de correção do mínimo, de 5,26%.

O salário mínimo é reajustado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Como o indicador só será divulgado pelo IBGE no próximo dia 12, o valor do reajuste foi estimado levando em consideração a variação do INPC de janeiro a novembro e a projeção para dezembro. Segundo o Ministério da Economia, o valor do piso nacional pode ser corrigido após a divulgação dos dados de inflação, já que há obrigatoriedade constitucional da preservação do poder de compra. Na virada de 2019 para 2020, isso ocorreu. O salário mínimo entrou o ano com o valor de 1.039 reais e posteriormente foi corrigido para 1.045 reais devido a alta maior da inflação. Por se tratar de MP, o valor do piso nacional tem validade de até 120 dias e, para se tornar lei, precisa de aprovação do Congresso Nacional.

Nos cálculos do governo, a cada 1 real de aumento no salário mínimo, o impacto nas despesas publicas sobe 531,1 milhões de reais, devido a vinculação de programas ao piso nacional. A previsão do mínimo aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias era de 1.088 reais. Com o valor de 1.100 reais, esse impacto subiu 4 bilhões de reais. É por conta desse aumento nas despesas públicas que o ministro da Economia, Paulo Guedes, volta e meia bate na tecla da desvinculação das despesas. A ideia aliás, chegou a gerar ruído no ano passado entre a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro.

Como não houve nenhuma mudança em relação a desvinculação, os benefícios devem ser reajustados. Atualmente, o valor do seguro-desemprego varia de acordo com o salário que o trabalhador tinha. Mas, como ninguém recebe menos do que o piso nacional, a parcela inicial vai subir para 1.100 reais. O pagamento do benefício é feito por meio de três a cinco parcelas, dependendo do número de meses em que o trabalhador ficou empregado e se é ou não a primeira solicitação do salário mínimo. Há outras duas faixas, essas pagas para quem recebia mais que o piso. Os valores precisam ser definidos por uma portaria da Secretaria de Trabalho e Previdência. Ainda não houve atualização. Logo quem pedir o seguro-desemprego hoje, receberá com base na tabela de 2020, em que a parcela mínima é de 1.045 reais.

Há algumas categorias profissionais que têm pisos vinculados ao salário mínimo. No caso dos empregados domésticos, ninguém poderá receber menos que 1.045 reais. Engenheiros, veterinários, agrônomos e arquitetos são outras categorias com o piso vinculado ao mínimo por lei federal. No caso de quem trabalha seis horas por dia, o piso de seis salários mínimos. Para jornada de oito horas, o valor mínimo sobe para 8,5 salários.  

O abono salarial do PIS/Pasep para trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos também terá reajuste. Quem receberá a parcela do abono neste ano, terá o valor será baseado no novo mínimo, de 1.100 reais. Tem direito ao benefício quem trabalhou ao menos um mês com carteira assinada e recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais em 2019, o ano-base (equivalente a 1.996 reais). As parcelas variam conforme os meses trabalhados. No caso de quem trabalhou por apenas um mês, o beneficio pago agora em janeiro será de 91,66 reais, sem arredondamento. 

Continua após a publicidade

Aposentadorias e indenizações

O Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), pago pelo INSS a idosos e pessoas carentes com deficiência, também usa como base o salário mínimo e, por isso, deverá ser novamente reajustado. Para ter direito ao pagamento, é preciso ter mais de 65 anos ou uma deficiência que impeça a pessoa de trabalhar, além de renda mensal de até 25% do piso nacional por pessoa da família. Atualmente, essa renda é equivalente a 261,25 reais e subirá para 275 reais.

Aposentados do INSS que recebem aposentadoria vinculada ao salário mínimo receberão o benefício corrigido em 5,26% na folha salarial de janeiro, que tem pagamentos programados entre os dias 25 deste mês e 5 de fevereiro. Os segurados que ganham acima do piso terão o reajuste oficializado após o INPC ser divulgado.

A correção do salário mínimo aumenta também o teto das indenizações pagas aos que ganham ações ajuizadas nos Juizados Especiais Cíveis e Federais. No primeiro caso, o valor máximo é de 40 salários mínimos. Com isso, o limite subiu de 41.800 reais para 44.000 reais. Já os Juizados Especiais Federais são procurados por pessoas que querem mover processos contra a União, como o INSS. Nesse caso, o teto das indenizações é de 60 salários mínimos. O valor máximo, portanto, sobe de 66.000 reais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.