Recall da Volkswagen vai comprar carros fora do padrão de proprietários
Ao todo são 194 automóveis envolvidos na operação; atendimentos começam na próxima sexta-feira, 1
A Volkswagen começa na próxima sexta-feira, 1º, o atendimento para um recall de 194 veículos. No entanto, o processo vai ser diferente do tradicional. Ao invés de fazer pequenas manutenções e devolver os automóveis aos seus donos, a montadora vai permanecer com os carros e destruí-los
O motivo é que essas unidades foram montadas sem registro de liberação. A medida não vai gerar prejuízo aos proprietários, já que esses vão receber o valor respectivo da Tabela Fipe.
Segundo a empresa, esses veículos não possuem toda a documentação técnica interna de montagem. Assim, não é possível assegurar que essas unidades estão dentro dos padrões exigidos, podendo apresentar problemas de funcionamento e até gerar acidentes.
As unidades em questão foram fabricadas entre 16 de janeiro de 2008 e 17 de fevereiro de 2017. De acordo com a Volkswagen, nesses quase dez anos, foram produzidos cerca de 6 milhões e 500 mil veículos. Os 194 automóveis do recall representam, portanto, aproximadamente 0,003% deste total. Além disso, a fabricante diz não ter informação de qualquer acidente ou lesão relacionado ao problema.
A empresa além de entrar em contato com os motoristas afetados, disponibilizou uma tabela completa com os veículos envolvidos no recall.
Entre os modelos envolvidos, estão também o CC, Passat, Passat Variant, Tiguan, Touareg, Golf, up!, Fox, CrossFox, Saveiro, Polo, Polo Sedan, Gol, Parati e Voyage, Saveiro. Quem pode levar a maior bolada, são os proprietários do Touareg 2015. Na Tabela Fipe, o Touareg R-Line 4.2 V8 360cv Tiptronic 5P vale 225,1 mil reais.
Segundo o Procon, trata-se de unidades chamadas pré-série, produzidas com intuito de refinar o maquinário da linha de montagem, que acabaram indo parar nas mãos de consumidores. A entidade disse que não existe registro de alguma medida semelhante desde que começou a monitorar os chamamentos, em 2002. Além disso, afirmou que vai avaliar se o recall e a solução dada pela empresa estão de acordo com a legislação de defesa do consumidor.