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Renda fixa e planos privados são saídas para se aposentar sem o INSS

Mesmo para quem já está na casa dos 40 anos e nunca pensou em organizar as finanças para a velhice ainda há oportunidades para investir

Por Larissa Quintino Atualizado em 24 Maio 2019, 12h33 - Publicado em 24 Maio 2019, 07h00
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  • A caderneta de poupança é uma das aplicações mais antigas no Brasil e tem a facilidade de ser atrelada à conta corrente
    Planejamento e investimento são regras básicas para quem quer garantir uma renda na velhice sem depender da Previdência do governo (Pedro Rubens/Dedoc/VEJA)

    A reforma da Previdência dobrou o número de pedidos de aposentadoria no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no primeiro trimestre deste ano por causa do temor nas mudanças das regras. No entanto, é possível que o trabalhador comece a planejar a sua aposentadoria sem depender do INSS. Isso vale, inclusive, para quem está na casa dos 40 anos e nunca se planejou para curtir a velhice sem contar com a Previdência Oficial.

    A pedido de VEJA, especialistas calcularam quanto que o trabalhador precisa investir por mês para garantir uma renda mensal de 3.000 reais, 5.000 reais ou 10.000 reais. No caso de uma pessoa que está hoje com 40 anos e queira um salário de 5.000 reais a partir dos 65 anos, é preciso investir, por mês, entre 1.763,02 reais e 1.893,28 reais a partir de agora em renda fixa ou previdência complementar, respectivamente, para atingir esse objetivo. Caso resolva investir na poupança, o desembolso é maior: 2.449,07 mensais. (Veja aqui o que muda com a reforma da Previdência.)

    As simulações foram feitas pelo SPC Brasil e pelo site Buscaprev e são para rendas vitalícias. Isto é, o trabalhador só deixará de receber o benefício quando morrer. No caso da poupança, o rendimento usado é de 4,55%, rentabilidade média da aplicação, mais a taxa referencial. No caso da renda fixa, a opção considera um investimento que paga 100% do CDI e, na previdência complementar, a opção considera uma média de planos PGBL e VGBL praticados pelo mercado. (Veja aqui como funciona a previdência complementar.)

    O passo mais difícil para começar a juntar dinheiro é exatamente começar, segundo Paulo Marotisca, planejador financeiro da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). Para saber o quanto poupar, ele afirma que é preciso que o trabalhador trace um objetivo para saber a quantia que deseja que seja a sua renda no futuro e ver se pode bancá-la. É preciso colocar na ponta do lápis uma projeção dos gastos com alimentação, moradia, saúde e lazer. Ao estimar um valor, é hora de procurar opções de investimentos no mercado para começar a guardar dinheiro.

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    Além disso, Marotisca afirma que a questão comportamental é importante para quem nunca se planejou. “Vai ser preciso reduzir alguns custos, talvez vender um carro, pensar soluções para a educação do filho. É preciso que essa pessoa faça sobrar um dinheiro e guarde, para virar um poupador.”

    Para quem nunca planejou o futuro, a reforma da Previdência é uma oportunidade para começar a pensar na aposentadoria, segundo José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil. De acordo com o especialista, começar a planejar o futuro ainda na juventude é o caminho ideal, pois o trabalhador tem mais tempo para guardar dinheiro e o investimento é menor. “Ainda dá tempo de planejar a aposentadoria de quem está nos 40 anos, mas, se a pessoa é mais velha, não irá necessariamente conseguir o volume de dinheiro que gostaria. Mas não pode deixar de planejar. Nesses casos, o que se exige é um sacrifício maior: um volume maior de dinheiro do que se a pessoa começasse a investir para esse fim quando mais nova.”  

    Segundo Vignoli, a conta é simples: quanto mais a pessoa se planejar e mais poupar, mais cedo ela vai conseguir se aposentar. “Está na hora da visão a longo prazo.” Quem começa a investir aos 40 anos para sua aposentadoria, por exemplo, precisa desembolsar, mensalmente, entre 214% e 289% a mais do que quem começa a fazer esse planejamento aos 20 anos, levando em conta os investimentos simulados por VEJA. 

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    Na hora de investir, a melhor opção é que a pessoa entenda onde ela está colocando o dinheiro e o risco, por isso o ideal é pesquisar tipos de investimentos para saber o que se adequa mais ao perfil. “Não tem milagre. Por isso é preciso que se entenda os produtos financeiros.”

    No caso da poupança, há uma rentabilidade baixa (4,55%), mas existe facilidade em investir, já que as contas bancárias têm essa opção. Já a renda fixa (CDB, Tesouro Direto, entre outros), há maior variedade de investimentos e rendimentos à escolha. No caso da Previdência Privada, a aplicação é focada na aposentadoria, mas pode ter taxas de carregamento e cobrança de Imposto de Renda no resgate e na renda variável, que é o caso das ações –há riscos maiores.  

    Segundo Marotisca, é indicado ao trabalhador, seja ele mais jovem ou mais velho, que multiplique seus investimentos. “Cada produto financeiro cumpre um papel relevante. Não dá para dizer que é binário. O que é hoje 100% aceito é ter uma reserva de emergência. Se não tem como assumir risco, não coloque em ações.”

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