Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Rupert Murdoch, dono da Fox News, critica Trump e crê em vitória de Biden

Australiano estaria enojado com a forma que Trump lida com a pandemia; desacreditado, ele diz que pessoas estão preparadas para o "sonolento Joe"

Por Diego Gimenes
Atualizado em 16 out 2020, 19h50 - Publicado em 16 out 2020, 18h37

Faltando apenas 18 dias para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, a vantagem de Joe Biden sobre Donald Trump é de 11 pontos percentuais, de acordo com uma pesquisa eleitoral publicada por WSJ/NBC na última quinta-feira, 15. Somada à tamanha vantagem, aproximadamente 17 milhões de eleitores já enviaram seus votos pelos correios, uma prerrogativa que muitos americanos utilizam para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Essa dinâmica favorece ainda mais a candidatura de Biden, mas é sempre preciso lembrar que a conta final que vale é a do número de delegados por estado. Em 2016, Hillary Clinton venceu em votos absolutos, mas perdeu na divisão por estados. Ainda assim, a própria gestão da pandemia de coronavírus joga a favor do candidato democrata. O mais recente capítulo dessa história envolve o poderoso bilionário australiano Rupert Murdoch, dono da rede de notícias Fox News, considerada uma aliada do presidente. Em mensagens enviadas a associados — segundo o site americano The Daily Beast –, ele teria dito estar enojado com a forma como Trump lida com a pandemia e que o maior inimigo do presidente americano é si mesmo.

Apesar da proximidade com a Casa Branca, a relação entre Trump e Murdoch sempre foi cercada de conflitos. O presidente já acusou a Fox News de realizar cobertura negativa sobre si, causando a ira do proprietário do canal de notícias, que teria chegado a cogitar apoiar um candidato democrata nas primárias do partido, o também empresário Michael Bloomberg. Em 2015, Murdoch disse no Twitter que Trump “envergonha o país inteiro”. Pessoas próximas a eles afirmam que os dois não se falam há semanas, justamente após duras críticas de Trump à Fox News. Agora, o australiano estaria convicto de que Biden levará a melhor nas eleições do próximo dia 3, e que a população dos EUA já estaria preparado para um governo “sonolento” do democrata, ainda que negue tais afirmações publicamente.

Se, por um lado a cobertura televisiva incomoda Trump, o mesmo não se pode dizer sobre o New York Post, o tabloide comandado por Rupert Murdoch. Na última quarta-feira, 14, a reportagem da primeira página atacou o candidato democrata com a divulgação de supostos e-mails encontrados num computador deixado em uma assistência técnica no estado de Delawere — onde a família do candidato reside — que comprovariam que Hunter Biden, filho de Joe, teria apresentado um executivo ucraniano ao então vice-presidente dos EUA com o objetivo de interferir nas eleições de 2016. Uma série de inconsistências na reportagem, como a divulgação dos supostos e-mails em forma de imagem, impedindo a análise de metadados e as respostas dúbias do dono da loja onde o computador foi encontrado, que num primeiro momento disse ter procurado o Departamento Federal de Investigação (FBI, sigla em inglês) para relatar o caso e depois afirmou que os investigadores foram até ele, fizeram redes como Facebook e Twitter bloquearem a divulgação da reportagem do New York Post, sob a alegação de que o material continha elementos suficientes que evidenciavam desinformação e uma possível violação de privacidade.

Em editorial publicado logo em seguida, o próprio jornal alegou que o Facebook “entrou no campo pró-Biden”, e que a imagem da companhia liderada por Mark Zuckerberg como uma rede social neutra acabou. A conta oficial da campanha de Trump foi suspensa após o compartilhamento de um vídeo sobre a reportagem do New York Post. O próprio presidente afirmou que “isso tudo vai acabar em um grande processo, e há coisas que podem acontecer que são muito graves e que preferiria que não acontecessem, mas provavelmente vão acontecer”, concluiu. Na tarde desta sexta-feira, 16, o presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, voltou atrás ao dizer que “bloquear o compartilhamento dos links por tweet ou mensagem, com zero contexto sobre os motivos do bloqueio, era inaceitável”. A rede não irá mais remover conteúdos oriundos de material hackeado, apenas se eles tiverem sido publicados pelos próprios hackers. O Twitter somente utilizará a já existente ferramenta de “publicações duvidosas”, que já fora usada para alertar os usuários sobre tweets potencialmente enganosos de Trump.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.