Quem anda a pé por São Paulo já deve ter notado a manada de elefantes que invadiu a cidade no dia 1º. As estátuas fazem parte da Elephant Parade, que tem por objetivo sensibilizar as pessoas para a preservação desses animais. Até 31 de agosto, 85 esculturas estarão espalhadas pelas principais vias da cidade, como a Avenida Paulista, e outros pontos, como o Terminal Sacomã. A expectativa é impactar cerca de seis milhões de pessoas.
Ao final da exposição, os elefantes serão leiloados e parte da quantia será destinada à filantropia, a projetos de preservação dos elefantes e aos artistas participantes. Em São Paulo, a Elephant Parade se tornou a maior exposição ao ar livre já realizada na cidade e uma das maiores edições do projeto.
A inciativa nasceu em 2006 por Marc e Mike Spits, pai e filho, que conheceram na Tailândia o bebê elefante Mosha, que perdeu uma das pernas ao pisar em uma mina terrestre. No ano seguinte, a primeira exposição da Elephant Parade foi realizada em Roterdã, na Holanda.
Elefante leitor
No parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, um bebê elefante laranja chama a atenção de quem passa no local. O animal faz parte de uma parceria da Amazon e da Elephant Parade para a união de duas causas: a democratização da leitura e a preservação dos elefantes.
Batizado de E-lê-fante, o animal segura pela trompa um monitor, que simula um e-reader Kindle e passa imagens de livros na tela. Os 16 títulos “lidos” pelo animal também estarão disponíveis aos clientes da Amazon gratuitamente pelo site da empresa – lá é possível fazer o download de apenas um título por usuário.
“Pensamos todo dia em uma forma de democratizar a leitura, o Brasil é um país de pouco alcance à uma livraria. Dos cinco mil municípios, cerca de mil têm livraria fixa, as pessoas têm dificuldade de encontrar livros”, afirmou o gerente geral de Kindle na Amazon Brasil, Alexandre Munhoz.
A escultura que tem o tamanho real de um bebê elefante foi customizada pelos próprios funcionários da Amazon e recebeu desenhos de obras literários, como Peter Pan e Moby Dick.
“Acreditamos que o livro digital permite acesso maior, ele é rápido e traz conveniência. O Kindle nasceu da ideia de como trazer conveniência. Agora, em menos de 60 segundos, consigo ter o livro que eu quero em mão”, disse Munhoz.
Crianças e adultos podem aproveitar para interagir com o E-lê-fante – é possível acompanhar a leitura com o animal. “O tempo das pessoas é um recurso escasso e a forma como a pessoa usa o tempo de entretenimento é disputado por várias mídias, que as pessoas usem cada vez mais parte desse tempo pra ler”.
Conheça como foi feita a pintura do E-lê-fante: