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Saída de presidente do BNDES aumenta incerteza na economia

Maria Silvia Bastos Marques pediu renúncia nesta sexta-feira, alegando motivos pessoais

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 Maio 2017, 17h38

A renúncia de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES, anunciada na tarde desta sexta-feira, deve trazer mais instabilidade à economia. Analistas dizem que, embora ainda não seja possível medir os desdobramentos da medida, a baixa é ruim por trazer mais incertezas a um ambiente já atribulado após a delação premiada de Joesley Batista, da JBS, envolvendo o presidente Michel Temer. “Ela fazia parte do grupo mais importante da equipe econômica. É mais um fator negativo em uma semana turbulenta”, diz Marcel Balassiano, analista do Ibre/FGV.

Para Gustavo Cruz, economista da corretora XP, embora os motivos que levaram à saída da executiva não estejam claros por ora, a troca de comando põe dúvidas sobre a continuidade de outros membros da equipe econômica. “É difícil entender se houve pressão ou não para a sua saída. Afeta aquela segurança que o mercado tinha sobre a equipe econômica, põe dúvida se outros nomes não vão desembarcar”, avalia. Em nota à imprensa, o BNDES diz que Maria Silvia renunciou por motivos pessoais.

Há duas semanas, a sede do banco foi alvo de busca e apreensão durante a Operação Bullish, da Polícia Federal. A investigação apura se houve favorecimento indevido à JBS através do repasse de 8 bilhões de reais. Segundo Pedro Afonso, chefe de operações da Gradual, a impressão é de que o BNDES é uma “caixa-preta”, e há um risco de impacto nas empresas se houver uma devassa nas operações já realizadas. “A dúvida é o quão a Operação Lava Jato vai para cima do BNDES”, diz.

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Os funcionários do BNDES vinham criticando Maria Silvia por não ter feito uma defesa mais efetiva dos colaboradores da instituição em relação às investigações da PF. Em editorial publicado nesta quinta-feira em seu jornal interno, a AFBNDES (associação dos funcionários do BNDES) diz que as acusações são “descabidas” e que as investigações sobre as operações precisam ser “racionalizadas”.

Maria Silvia também era criticada por setores empresariais, que a acusavam de ter fechado as torneiras do banco. Em conversa gravada, o empresário Joesley Batista se queixou da atuação da executiva ao presidente Michel Temer. “Está bem travado”, disse ele.

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