Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Salário mínimo pode subir mais R$ 2 para preservar poder de compra

INPC, índice de inflação usado para correção dos salários, ficou em 5,45%, acima dos 5,26% previstos pelo governo; mínimo atual está em R$ 1.100

Por Larissa Quintino Atualizado em 12 jan 2021, 10h36 - Publicado em 12 jan 2021, 10h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Com a divulgação dos resultados da inflação nesta terça-feira, 12, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o ano em 5,45%, acima da estimativa do governo, de 5,36%, índice usado para subir o valor do salário mínimo em 2021, de 1.045 reais para 1.100 reais, vigente atualmente. Sendo assim, oficialmente, o piso nacional está abaixo do índice de inflação e representa perda no poder de compra, mesmo que pequena. Caso o governo faça um novo reajuste do salário mínimo pelo índice do INPC acumulado em 2020, o piso nacional subiria para 1.102 reais.

    Dois reais pode parecer pouco dinheiro a primeira vista, mas é necessário para cumprir a obrigação constitucional de preservar o poder de compra da população. Esse aumento teria impacto de cerca de 702 milhões de reais nas contas do governo para 2021. Segundo o Ministério da Economia, cada 1 real a mais no piso nacional, o impacto é de 351,1 milhões de reais. Isso ocorre por causa do pagamento de aposentadorias do INSS e de outros benefícios atrelados ao mínimo, como o abono salarial do PIS, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Até o momento, o Ministério da Economia não se manifestou sobre um novo reajuste do piso.

    Na virada de 2019 para 2020 o governo precisou recalcular o mínimo após o INPC do ano ter fechado acima do estimado na assinatura da Medida Provisória para a correção do piso. Na ocasião, o mínimo que havia subido de 998 reais (valor de 2019) para 1.039 reais, passou por novo reajuste e chegou a 1.045 reais. Os seis reais a mais foram resultado da variação de 4,48% do índice de inflação, acima dos 4,1% estimados pelo governo.

    Continua após a publicidade

    Desde o ano passado, o governo brasileiro não tem mais política de valorização do mínimo e faz a recomposição de renda da população. Até 2019 vigorou uma norma que, além do INPC, o reajuste do piso nacional levava em consideração o PIB de dois anos anteriores. Então, caso a economia crescesse, esse percentual recaía sobre o mínimo.

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é usado para reajustes salariais tanto no governo como em negociações entre patrões e empregados. O indicador é calculado com base nos rendimento de famílias que recebem entre 1 e 5 salários mínimos. Como em 2020 a disparada no preço dos alimentos foi o que puxou a inflação, o INPC teve aceleração maior que o IPCA, a inflação oficial do país. Isso ocorre porque aumentos na cesta básica são mais sentidos pela população com renda menor.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.