Seara, da JBS, investe R$ 180 mi na construção da unidade de biodiesel
Operação da nova fábrica, localizada em Mafra (SC) está prevista para 2021; principais matérias-primas serão resíduos de gorduras de aves e suínos
A Seara, subsidiária da JBS, informou nesta terça-feira, 30, que investirá 180 milhões de reais na construção de uma fábrica de biodiesel em Mafra, Santa Catarina, com operação prevista para 2021.
Essa é a terceira unidade de biodiesel da JBS — a companhia também tem operações em Lins (SP) e Campo Verde (MT). Na unidade de Santa Catarina, serão utilizados como matérias-primas principais os resíduos de gorduras de aves e suínos, material farto no estado, onde a empresa possui mais de 30 operações em 18 municípios, entre unidades produtivas de aves, suínos, industrializados, fábricas de ração, entre outras. Segundo a Seara, a planta também poderá usar a soja referindo-se ao principal insumo para a produção de biodiesel no país.
As outras duas fábricas de biodiesel da Seara estão em lugares onde as operações de carne bovina da JBS são mais fortes. Por isso, o sebo bovino (tecido das vísceras) acaba sendo a matéria-prima preponderante na produção do biocombustível.
A JBS ressaltou que a cidade de Mafra, sede da nova unidade, conta com logística eficiente de embarque e desembarque pelos modais ferroviário e rodoviário. A empresa ressaltou ainda que mais que dobrará a capacidade produtiva da empresa com a fábrica em Santa Catarina, a qual deve superar os 600 milhões de litros/ano, informou a JBS. A aposta da companhia em uma nova operação também considera o cenário otimista do setor.
“Até 2023, a partir do programa RenovaBio, a mistura de biodiesel na composição do diesel chegará a 15% com a entrada do B15”, explicou o diretor da JBS Biodiesel, Alexandre Pereira, em nota. O programa foi lançado pelo governo em 2017 e trata-se de uma nova política de combustíveis, que entra em vigor programada no ano de 2020. O objetivo do programa é reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera com o aumento da produção e do consumo de energias renováveis, como o biodiesel.