Depois da recusa do economista Adriano Pires para o cargo de presidente da Petrobras, o governo ofereceu o posto ao ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Decio Oddone. A União busca algum executivo com experiência no setor de óleo e gás para a vaga, para atender a uma condição preestabelecida pelo estatuto da petroleira. Oddone, no entanto, recusou o convite. Segundo fontes do Planalto, Oddone declarou que tem compromisso com a Enauta, empresa pela qual ele é CEO desde setembro de 2020.
Oddone era um nome visto como uma forte opção para o posto. Engenheiro, foi CEO da Petrobras Bolívia e presidente do conselho de administração e CEO da Petrobras Energia. Diante da recusa, o governo corre contra o tempo para encontrar um nome para o cargo, ocupado atualmente pelo general Joaquim Silva e Luna até o próximo dia 13 de abril, data da assembleia-geral de acionistas da companhia, quando um novo presidente deverá tomar posse da companhia. Quem assumir a companhia ainda terá de lidar com a incerteza de poder ser substituído, em 2023, em uma eventual vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições deste ano.