O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou o pregão desta sexta-feira, 20, com alta de 0,46%, fechando aos 104.817 pontos. Foi uma sessão com bastante oscilação. A bolsa completou quatro semanas seguidas de alta, sustentada por papéis de frigoríficos. Os rumores de que a peste suína está se espalhando pela Coreia do Sul e pela Rússia impulsionaram as ações da JBS e da Marfrig nesta sexta, que tiveram alta de 4,25% e 4,46%, respectivamente. As duas figuraram entre as maiores altas do dia.
Além dos problemas sanitários asiáticos, a guerra comercial entre Estados Unidos e China continua a gerar calafrios nos investidores. Apesar de Donald Trump, presidente dos EUA, ter determinado a retirada de tarifas de 437 produtos chineses, dando indícios de que possa aliviar no embate com os chineses, mercados no mundo todo voltaram a se preocupar após o cancelamento de visita da delegação chinesa para discutir com o setor agrícola americano.
Internamente, o mercado ainda está aproveitando o impacto positivo do corte realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, na quarta-feira, 18. A autoridade monetária baixou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica. A expectativa é que o processo siga adiante, conforme sinalização do Copom. Ademais, investidores estão de olho na semana que vem para acompanhar de perto a votação da reforma da Previdência na Comissão de Câmara e Justiça (CCJ) do Senado e também no plenário da Casa. A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), prometeu que o primeiro turno será realizado já na terça-feira (24).
Câmbio
O dólar comercial teve queda de 0,26% nesta sexta, fechando a 4,15 reais para a venda. O dia foi marcado pela alta volatilidade da moeda americana. Na mínima da sessão, a moeda chegou a 4,1478 reais, enquanto na máxima tocou 4,1845 reais. Na semana, o dólar acumulou alta de 1,6%. As altas e baixas desta sexta ocorreram devido aos ajustes de posição efetuados pelos agentes de mercado ao fim de uma semana agitada e marcada por reuniões de diversos bancos centrais globais.
No cenário externo, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, reafirmou que a perspectiva econômica dos EUA é “favorável”, com o mercado de trabalho forte e a inflação provavelmente retornando à meta do Fed, que é de 2% ao ano. Para a próxima semana, o mercado continua monitorando as operações programadas da autoridade monetária americana, que pretende dar liquidez ao sistema bancário do país via mercado monetário.
(Com Reuters)